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Passos

Nossa jornada existencial tem início com o primeiro passo

Terezinha Hueb de Menezes
thuebmenezes@hotmail.com
Publicado em 30/09/2012 às 13:59Atualizado em 19/12/2022 às 17:08
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Nossa jornada existencial tem início com o primeiro passo. Daí para a frente, andamos, tropeçamos, caímos, levantamo-nos e novos passos são articulados.

Fisicamente, é isso que acontece. Quantos obstáculos topográficos, muitas vezes, retardam nosso itinerári pedregulhos que ferem os pés, morros que provocam cansaço, a chuva inesperada que força a procura de abrigo, o sol abrasador que desperta o desânimo. Mas estamos sempre caminhando. À procura de lugares, talvez desconhecidos e sonhados, à procura de pessoas amigas que amparem nosso desalento, à procura das flores que nos inundem os olhos de beleza.

Mas há outros caminhos, Caminhos dos sonhos, dos ideais. Traçamos metas, afagamos esperanças, colocamos em estado de prontidão nossas forças interiores e partimos para a luta. Não aquela batalha de armas em punho, à procura do inimigo, pois a luta é dentro de nós. E nela, a necessidade maior situa-se em vencer o próprio medo, as dúvidas cinzentas, o temor das frustrações, a incerteza de atingir a linha de chegada.

São inúmeros os impedimentos. São desanimadoras as intempéries. Há os que estendem as mãos, tentando impedir o naufrágio. Há os que pesam com o olhar de inveja e o velado desejo de presenciar o fracasso.

Na trajetória física, com passadas reais, é possível parar para o descanso, arregimentar forças na água cristalina que sufoca a sede. É possível até desistir temporariamente de prosseguir, buscando o oásis do descanso por tempo indefinido. Não na trajetória interior. Se as frustrações tingem de escuro as nuvens dos sonhos, poderá empanar-se a visão do futuro, toldando, também, as perspectivas do presente.

Muitas vezes, caminhamos com nossos pés e nossos anseios. Em outros momentos, a ventania real ou existencial nos dificulta a realização de nossos sonhos. E, mais uma vez, é preciso arregimentar forças que nem sempre temos, para retomar caminhos e empreender novas buscas que nos reconduzam ao ponto de partida, em direção ao ponto de chegada.

São intrincados os caminhos da existência. Mas a vida não permite parada. Não somos pedra, nem arbusto preso pelas raízes. Somos seres humanos, dotados de ideais, de esperanças, de objetivos que, pelo menos parcialmente, facilitem atender aos nossos princípios, em face da família e da sociedade. Por isso a jornada, pautada por anseios sadios, não pode ser interrompida. É preciso caminhar, até quando nossos passos, abençoados por Deus, tenham condição de seguir adiante.

(*) Educadora do Colégio Nossa Senhora das Graças e membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

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