É inconcebível a guerra que o Cardeal Viganò (antigo embaixador do Vaticano nos Estados Unidos)
É inconcebível a guerra que o Cardeal Viganò (antigo embaixador do Vaticano nos Estados Unidos) alimenta contra o Papa Francisco. Há muitos outros elementos (que não aparecem) criticando e impedindo o esforço de nosso Papa para combater a corrupção nas finanças da Igreja e no escândalo da pedofilia.
A Igreja sempre passou por crises durante seus mais de dois mil anos de história. Basta lembrar-se das matanças das Cruzadas, das crueldades da Inquisição contra os hereges, do comportamento imoral de alguns papas. Nós nos lembramos das críticas de Santa Catarina de Sena aos desmandos de certos papas. Seria de espantar se não houvesse corrupção na Igreja. Errar faz parte da condição humana. Por outro lado, há o dado positivo. A luta pela justiça social, pelo cuidado para com os pobres, pela reforma das estruturas sociais. A Igreja não é perfeita. Falo dos homens da Igreja. Ao lado dos corruptos há os íntegros. Como não se lembrar, comovidos, de Leão XIII, de Pio XI, de João XXIII, de Francisco? Como não admirar a coragem deste último em suas declarações na Irlanda? De pedir perdão pelo comportamento pecaminoso de alguns “homens da Igreja”? A Irlanda era o país mais católico do mundo, 95% de sua população era católica. Hoje caiu para 65%. Francisco lamentou e pediu perdão. Admiramos sua coragem e sua Fé. O Papa Francisco alerta para uma reforma em profundidade. Por isso sofre. Sua foto durante a Missa celebrada em Dublin (se não me engano) revela uma profunda tristeza. Está sofrendo com o comportamento criminoso de alguns membros da Igreja. Por isso, pediu perdão. Está sofrendo. Por tudo isto, o dever de nossa parte não é criticar, mas pedir ao Pai que dê a ele, Francisco, coragem em seu sofrimento. Que o Espírito Santo o ilumine e dê a ele coragem, muita coragem, para continuar na luta pela renovação da Igreja.