Pais e professores de Colégio Nossa Senhora das Graças tiveram o privilégio de receber o Dr. André Tuma, Promotor da Infância e da Juventude
Pais e professores de Colégio Nossa Senhora das Graças tiveram o privilégio de receber o Dr. André Tuma, Promotor da Infância e da Juventude, para profícua palestra, com o tema RESPONSABILIDADE DA FAMÍLIA.
Chamou a atenção dos presentes a facilidade com que o palestrante manuseia a linguagem e os tópicos, entremeando a teoria com a prática vivenciada em seus já vários anos de trabalho na promotoria, por meio de relatos que, ao mesmo tempo em que prendiam o interesse da plateia, serviam de exemplos para a vida de cada um.
Tópicos de grande relevância foram habilidosamente trabalhados pelo competente promotor.
Um deles tratou da importância do exemplo para a educação dos filhos que, desde pequenos, aprendem observando as atitudes dos pais, absorvendo aquilo que vivenciam. Com isso vão aprendendo a discernir o certo do errado, o que lhes servirá de referencial de vida.
Lembrou que a educação é preparação para a vida (como sempre repetiu o mestre Murilo), daí a responsabilidade dos pais que precisam estar sempre atentos nesse processo em que são os grandes responsáveis, não lhes cabendo o direito de terceirizar aquilo que é de sua competência: se os pais falham no projeto de educar, outros, muitas vezes erroneamente, desempenharão tal papel. Por isso precisam acompanhar atentamente a trajetória diária dos filhos, observando com quem andam, o que fazem, onde estão, a que horas chegam.
Outro assunto importante: a qualidade, e não a quantidade de tempo que os pais devem dedicar aos filhos, demonstrando interesse por suas atividades tanto na escola como outras, também lhes contando sobre o próprio trabalho. Tal maneira de agir cria laços de companheirismo, centrado no interesse e na partilha.
A teoria da palmada constituiu outro subtema que tanto preocupa os educadores: não se educa pela violência, descontando raivas, de forma tantas vezes covarde, o mais forte utilizando-se da fragilidade do menor. É necessário, sim, impor limites, mas sem pancadaria, sem abuso de força que em nada educa, apenas revolta.
Foi muito gratificante ouvir do capacitado promotor sobre a importância da religiosidade, como fonte de aquisição de valores, e do diálogo, como meio de estreitamento afetivo entre pais e filhos.
Muito mais haveria que se falar sobre a fecunda palestra do Dr. André Tuma, deixando em todos que o ouviram a admiração e a gratidão pelo desprendimento do jovem promotor, dispondo-se, por iniciativa própria, a dirigir-se às escolas após o cansaço de um dia de trabalho, para levar sua contribuição cidadã, sua benéfica experiência a tantos pais necessitados de orientação no processo educacional dos filhos.
(*) educadora do Colégio Nossa Senhora das Graças e membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro