Palavras cruzadas divertem e instruem o cruzadista, que é quem as resolve. E exigem...
Palavras cruzadas divertem e instruem o cruzadista, que é quem as resolve. E exigem, de quem as elabora, vocabulário rico, conhecimento de ortografia e assuntos de nossa cultura, além de uma série de habilidades. Poucos profissionais se dedicam a essa arte, tão cheia de técnicas. Alguns revelam grande virtuosismo. E você, leitor, sabe o nome desse profissional (com 15 letras)?
Embora aprecie jogos de computador, tenho predileção pelas cruzadinhas: tanto de revista específica quanto de periódicos, como o Jornal da Manhã.
Em alguns desses passatempos, o cruzadista é instado a descobrir iniciais do nome de pessoa famosa ou a cidade onde ela nasceu. Ou o parceiro do Milionário ou Milton Nascimento. Há palavras mais frequentes, como oti (língua indígena) e ati (gaivota). E há sinônimos inusitados: brinde, saúde é toste; e estrago, ruína é pernície. (Prazer em conhecê-las, senhoras palavras.) Símbolos de elementos da Tabela Periódica são comuns.
Palavra desconhecida acaba desvendada ao escrevermos as que com ela se cruzam. E, se a cruzadinha parece complicada, é melhor relaxar ou passear. É curios ao voltarmos a ela, palavras difíceis aparecem facilmente. Descansado, o cérebro encontra a solução de problemas. Como acontece com os que enfrentamos no dia a dia: cabeça fria pensa com mais clareza.
Especialistas aconselham a fazer cruzadinhas para que se combata, por exemplo, o Alzheimer, uma forma de demência. Também acredito que elas afugentem a tristeza e os pensamentos negativos de épocas de crise.
O bom é que hoje nem nos apertamos com países e suas capitais, pois mestre Google não tem dúvidas. É fera! Na verdade, ele pode ajudar tanto quem resolve quanto quem inventa cruzadinhas. A informática fornece ainda programas específicos para esses inventores.
Terminada uma palavra cruzada, ficamos satisfeitos. Pequena vitória naquele dia. Tão simples e tão boa. Ah! E o profissional que cria cruzadinhas é cruciverbalista.