Caro amigo leitor, o bicho tá pegando. O molusco sem dedo - Lula - tá pulando como pipoca em óleo fervente. Tenho lido bastante sobre o que ocorreu na Itália quando da chamada Operação Mãos Limpas; aqui na terra de Cabral, entendo, particularmente, que demorou muito, até mesmo ao fato de que nos idos de 1996, o jornalista Paulo Francis, falecido em 1997, já falava com todas as letras que a nossa Petrobras era um covil de ladrões.
Aliás, vale a pena entrar na internet e visualizar o que foi dito por Paulo Francis, nos programas Roda Viva e Manhattan Connection, um verdadeiro libelo das tramoias ocorridas desde aquela época. Houve até um processo em desfavor de Francis na Justiça americana. O certo é que, puxando esse novelo, vamos chegar em 1500. A história da tal corrupção vem de longe, muito longe; digo, claramente que os PeTralha$$$ não inventaram tal coisa.
Todavia, precisa ser dito, também, de forma bem clara e cristalina, que os “companheiro$$” abandonaram um projeto político de governar e instalaram um projeto de poder, assacando os cofres públicos, peitando as instituições vigentes – Judiciário e Legislativo -, passando por cima de tudo e de todos, e, dizem alguns, até mesmo vilipendiando vidas humanas. Enfim, resumindo, passaram a ter atitudes de verdadeiros quadrilheiro$$, bandidos, mafiosos da pior estirpe.
Pois bem, na Itália de 1990, as investigações tiveram início com o escândalo do Banco Ambrosiano, implicando a máfia, o Banco do Vaticano e a loja maçônica P2. Um verdadeiro tsunami no mundo político, vários partidos políticos foram varridos do sistema. Muita gente graúda foi presa num cenário do mundo do crime e político partidário. Sob minha ótica, esse foi o equívoco, ou seja, tão somente prender os carcamanos. Deveria ter prendido, também, o grupo empresarial que caminhava e alimentava os chefões de então. Lá entendiam que os empresários eram vítimas daquela gentalha fedorenta. Todavia não existe corrupção sem corrupto e corruptor, ficou gente de fora, muita gente; inclusive o grande herói neoliberal Silvio Berlusconi - necessita dizer alguma coisa sobre este ilustre senhor.
Do lado de cá, em terras tropicais, a Lava Jato prendeu muito empresário, mas muito mesmo, e com muita razão, a nata da elite empresarial da construção civil. Até pensei que iria respingar na Terra do Zebu, mas vamos aguardar.
Daí, salvo melhor juízo, entendo a grande angústia vivenciada pelo juiz Sérgio Moro, ou seja, o homem-juiz já viu tudo nessas investigações, sabe tim-tim por tim-tim quem é quem, e como tudo ocorreu e ainda está ocorrendo. Mas está de mãos atadas, não pode partir pra cima do chamado núcleo político por causa do tal foro privilegiado. Imagino a tristeza, perplexidade, na mente e no coração do homem-juiz e cidadão Moro, em não colocar essa gentalha fedorenta na cadeia.
Caro leitor, o país seria totalmente outro, hoje, se o núcleo político estivesse atrás das grades vendo o sol nascer quadrado, começando por Lula, Dilma, Renan, Eduardo Cunha, Sarney, Collor, Jader Barbalho, Edson Lobão, Maluf, Newton Cardoso, e tantos outros, tantos outros!
Certa feita, li algo, mais ou menos assim: num país de ovelhas, os governantes são lobos!!!
