Não conheci pessoalmente o Sr. Michael Robin. Não sei por onde ele anda e tão pouco o que faz na atualidade. No entanto, gostaria muito de lhe dizer que...
Não conheci pessoalmente o Sr. Michael Robin. Não sei por onde ele anda e tão pouco o que faz na atualidade. No entanto, gostaria muito de lhe dizer que: “obrigado Sr. Robin, por tudo que fez pelo Uberaba Sport Club neste Campeonato Mineiro”. Não pelos conhecimentos técnicos e treinamentos que fez com a equipe na fase de preparação para a competição. A sua competência técnica é um desastre e seu trabalho nada somou na campanha do colorado, mas se não fosse a sua presença em Uberaba, talvez hoje estivéssemos fazendo companhia ao Guarani, na Segunda Divisão. Convido para um raciocínio aqueles que não estão entendendo tanta generosidade de minha parte, para com o técnico-investidor que deixou o comando da equipe logo após a estreia, com a derrota para o Ituiutaba, jogando aqui no Uberabão. Vamos nos lembrar de qual era a situação do Uberaba no final do ano de 2008. A diretoria enfrentava uma grande dificuldade para começar a preparação, visando o Campeonato Mineiro. Não tinha dinheiro sequer para quitar três meses de salários atrasados do heróico time de garotos que disputou, e bem, a Taça Minas Gerais, chegando com chances de classificação na última rodada da competição. Sem “grana” para nada, pairava o temor de que a participação no estadual seria um desastre, já que todos os comentários na cidade eram de que o dinheiro da Rede Globo já estava comprometido, com dívidas anteriores. Ninguém sabia como o elenco seria montado para o campeonato, já que os jogadores procurados não demonstravam muito interesse em vir para Boulanger Pucci. Temia-se uma nova queda do colorado. Mas, eis que de repente, numa boa “tacada” da diretoria, chegam à Uberaba o Sr. Michael Robin e sua troupe, cheios de sonhos e delírios do tip “vamos ganhar do Atlético, do Cruzeiro e de todo mundo. Seremos os campeões mineiros de 2009”. Logo se espalhou pela cidade, e até região, que o “homem” tinha bala na agulha, ou melhor, muito dinheiro, coisa que o Uberaba mais precisava. E que estava disposto a investir alto para montar um super-time e se não desse para ganhar o campeonato, pelo menos ficaria com o segundo ou terceiro lugar. Era o que a torcida queria ouvir. Até gritar o seu nome em coro, durante os treinamentos, as “organizadas” gritaram. De uma hora para outra, o pessimismo reinante se transformou em exagerado otimismo. Agora vai, diziam muitos. Jogadores que vinham esnobando o colorado se aportaram na cidade e imediatamente assinaram seus contratos, atraídos por bons salários e a certeza de recebimento em dia. Falou-se até em craques famosos do tip Amoroso e Luizão. A torcida, e até parte da imprensa, não viam defeitos nos métodos de treinamento, e até achavam que o novo treinador era um estrategista moderno no futebol. Portanto, a chegada de Michael Robin mudou a vida do Uberaba neste ano de 2009. Embora a maioria das coisas que se esperava dele não tenha se confirmado, ele foi muito importante para a campanha do clube. Na minha opinião, até mais que o trabalho de Pedrinho Rocha, que pegou um time montado e só conseguiu deixá-lo à frente de quatro, dos 12 participantes da competição. Querendo ou não, Michael Robin deu credibilidade, mais do que isto, deu esperança ao Uberaba Sport Club, quando a sua situação era dramática. Tão dramática que vários jogadores só conseguiram comer um franguinho no Natal, graças ao “vale” geral que ele fez para o elenco, por volta do dia 20 de dezembro. Portanto, mesmo com todas as trapalhadas técnicas que possa ter aprontado, na opinião de muitos, não devemos deixar de lembrar que a presença do Sr. Michael Robin no Uberaba foi importante para esta campanha, que muitos acham excepcional. Eu particularmente a qualifico de apenas razoável, pelas potencialidades que o time mostrou. Mas, de minha parte reconheç obrigado Sr. Robin. FOI UM VEXAME Que o Uberaba perderia para o Atlético no Mineirão “eu já sabia”, o que não esperava é que fosse um vexame de 6 a 0. Nos meus quase 40 anos acompanhando o colorado, não me lembro de goleada igual. No entanto, analisando bem a situação, o placar não deveria ter surpreendido tanto. Na verdade o colorado saiu do campeonato quando o Eder Luiz fez aquele gol, no Uberabão. O intervalo de 10 dias entre uma partida e outra foi terrível. Os jogadores ficaram um período muito longo treinando sem motivação. Para acabar um pouco com o tédio, alguns até foram à festa do “Bezerro |Louco”, mas nem isto adiantou muito. Para complicar ainda mais, o técnico Pedrinho Rocha, para não fugir do costume, complicou na hora de escalar o time. Treinou uma formação e colocou outra em campo, totalmente defensiva, para tomar o primeiro gol logo aos dois minutos. Dizem que houve um bate-boca com Michel Cury, antes do jogo e depois, no intervalo. O tempo que deveria ser para o técnico tentar arrumar a equipe, foi consumido numa verdadeira lavação de roupa suja com acusações do tip retranqueiro incompetente. Se enfrentar o Galo no Mineirão em qualquer circunstância é difícil, como o Uberaba enfrentou na quarta-feira, só poderia mesmo terminar em festa, para o Diego Tardelli e companhia. É claro! Para o Uberaba resta aprender novamente as lições de mais um campeonato mineiro e voltar à luta, na esperança de ser novamente o que já foi um dia. CABEÇA DE JOGADOR Sempre achei que estas cabeçadas violentas que os jogadores de futebol dão na bola, não fazem bem para os “miolos” de alguns deles. O mais recente caso, que vem confirmar esta teoria, aconteceu com o Adriano, chamado por alguns de “Imperador”. Ele reuniu a imprensa em um hotel do Rio de Janeiro para dizer que prefere viver em uma favela daquela cidade do que em Milão. É claro que este “Imperador” nunca mais vai poder colocar os pés na Itália. Uma boa Páscoa a todos!!!