Fazendo uma reflexão sobre o comportamento humano, percebo como é comum em muita gente, o hábito de julgar os outros, de comentar com mais ênfase os pontos negativos dos fatos, e daí por diante... Sei que é um padrão de comportamento que aprendemos desde crianças, mas, agora que somos conscientes da importância dos pensamentos na criação da realidade que vivemos, precisamos transformar nossas tendências negativas em atitudes engrandecedoras.
O ato de julgar, muitas vezes precipitadamente, é bem evidente em pessoas mais rancorosas, que ficam alimentando os ressentimentos dentro de si. Tudo o que lhes acontece de bom, creditam ao seu próprio mérito, mas aquilo que lhes acontece de ruim, a culpa é sempre dos outros... e aí, começam os julgamentos, a maledicência, a falta de caridade... É importante saber que, geralmente, os julgadores são aqueles que ficam sozinhos, porque são amargos, cobradores e exigentes demais com os outros e complacentes demais com eles mesmos. Madre Teresa de Calcutá certa vez disse: “Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las.”
Por que temos tanta dificuldade em relação ao perdão? Porque julgamos demais! Porque nos esquecemos que também somos humanos e passíveis de erros e tropeços... porque não sabemos nos colocar no lugar dos outros, vendo sob o prisma que eles veem. Por isso, tantos ódios, tantas guerras, tanta incompreensão neste mundo.
Se você quer ser uma pessoa bem relacionada e generosa, comece, desde já, a encarar os fatos e os erros humanos com mais compaixão, busque entender a história de vida daqueles que você julga como perversos, corruptos, loucos, o que for... coloque-se no lugar destas pessoas e pense bem se você, com o passado que eles tiveram, conseguiria ser e fazer melhor... E mais, analise bem a sua conduta em todas as áreas de sua vida e veja se realmente não há nenhuma atitude a ser recriminada. Não somos perfeitos ainda, e, com certeza, temos os nossos deslizes...
Não podemos julgar, sabe por quê? Porque sempre existirão pessoas melhores do que nós, que também verão os nossos erros e tolices e, é claro, não queremos ser julgados por isso. E como a colheita do que se planta é inevitável, a impiedade do julgador de hoje será a sua dor de ser julgado, amanhã!
(*) palestrante; apresentadora de TV e rádio e autora de livros motivacionais