22 de março, Dia Mundial da Água, o mundo volta suas atenções para Istambul, na Turquia, onde as lideranças se reúnem para discutir a preservação...
22 de março, Dia Mundial da Água, o mundo volta suas atenções para Istambul, na Turquia, onde as lideranças se reúnem para discutir a preservação desse bem comum tão escasso e, paradoxalmente, desperdiçado.
Em Uberaba, o presidente do Codau, José Luiz Alves, abre a semana da água lançando o programa Gespública; eficiência e eficácia na prestação de serviço à comunidade a partir de paradigmas morais. O Codau tem demonstrado responsabilidade com o meio ambiente ao estruturar uma verdadeira educação ambiental com educadores e gestores ambientais capazes de dar visibilidade e sensibilizar Uberaba da importância das políticas ambientais voltadas para o bem comum; ou você tem dúvida de que o meio ambiente é bem comum? Onde o ar, a água, as florestas pertencem a todos e é de responsabilidade de todos.
O Codau, ao investir em preservação, assegura o princípio da economicidade, da probidade e do respeito à vida.
No entanto, a dinâmica empreendida pelo centro das águas desnuda a Secretaria Municipal do Meio Ambiente devido à ausência de políticas estruturantes, principalmente no que diz respeito aos parques e bosques da cidade. O drama do macaco Chico deveria servir de lição de que interferir no meio ambiente requer certos cuidados que só o conhecimento é capaz de balizar.
Outro exemplo é o bosque do Jacarandá — a ausência desta árvore justifica o nome do local —, que é uma mistura de mata com zoológico. Acaba não sendo nem uma coisa nem outra. E pior, os animais vivem sob maus-tratos devido às jaulas pequenas e às árvores inadequadas ao seu redor, por que deveriam dar pouca sombra, pois os animais precisam de sol, que estimula a produção de vitamina D e cálcio. A ação do homem neste bosque é um exemplo de tudo aquilo que não se deve fazer.
Todavia, anda por esse bosque um biólogo, ecólogo, educador e professor do Ifet, chamado Pablo Pegorari, que disponibiliza seu tempo para catalogar e arrumar aquilo que os homens e o setor público precisam fazer com competência. Ele é voluntário e conhecedor dos problemas ali existentes. Bem que o poder público poderia ouvi-lo em suas considerações e alternativas de preservação ambiental, evitando, assim, a depredação do local. Inclusive, ele defende a tese de que o zoológico deveria ser separado do bosque, porque este requer um ambiente diferente do que ali está.
Tenho certeza de que profissionais como Pegorari e outros não se furtam ao convite de formular políticas inovadoras que estanquem a degradação ambiental, que promovam o bem-estar social com qualidade de vida e sustentabilidade econômica.
Que a Semana da Água, recurso natural mais precioso do planeta, seja um convite à reflexão, seguida de ação proficiente, como tem sugerido o Codau, antes que seja tarde demais.
(*) Professor