POLÍTICA

Zema diz que poderia vencer eleições mais facilmente com vice mais popular

Declaração do governador ocorre dias após o Mateus Simões ser confirmado como candidato a vice-governador na chapa do atual ocupante do Palácio Tiradentes

O Tempo
Publicado em 11/08/2022 às 06:51Atualizado em 18/12/2022 às 21:15
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O governador Romeu Zema (Novo), candidato à reeleição em Minas Gerais, reafirmou, nesta quarta-feira (10), que gostaria que seu vice à disputa ao governo do Estado fosse de um outro partido. Durante uma entrevista em Ubá, na Zona da Mata, o governador destacou que um nome popular na chapa poderia o ajudar a conquistar uma vitória mais facilmente no primeiro turno.

A declaração do governador ocorre dias após o ex-secretário Mateus Simões (Novo) ser confirmado como candidato a vice-governador na chapa do atual ocupante do Palácio Tiradentes. A escolha se deu após o Novo fracassar a tentativa de aliança com o PSDB e o Cidadania, que poderia levar o jornalista Eduardo Costa à posição na chapa.

"Eu sempre mencionei que gostaria muito de um vice de um outro partido. Eu tenho um excelente vice, o Mateus Simões, é uma pessoa extremamente capacitada. O único porém em relação a ele é que é do mesmo partido, e na política é sempre bem visto quando você caminha junto com os outros", afirmou Zema à rádio Líder FM.

O governador ainda lamentou não ter Eduardo Costa na disputa. "O vice pode somar. Com certeza com ele (Eduardo Costa), aumentariam as chances, porque ele é conhecido na região metropolitana, mas não será por isso que teremos menos chances, nada faz mais vontade de votar do que uma boa gestão. As pessoas votam mesmo é na cabeça de chapa.", pontuou.

Durante a entrevista, Zema se defendeu das recentes críticas feitas pelo senador Aécio Neves e pelo PSDB de que o partido Novo sempre quis uma chapa pura. Na última semana, a sigla tucana, por meio de nota, repudiou os “ataques” feitos pelo jornalista Eduardo Costa após ter tido a indicação para vice de Romeu Zema inviabilizada.

"Estamos apoiando o senador Marcelo Aro, do PP, isso já mostra uma abertura nossa", argumentou o governador.

Questionado sobre sua relação com o Jair Bolsonaro (PL), Zema afirmou que teve um bom relacionamento com o presidente, mas por uma questão de lealdade teve que apoiar o nome de Felipe D’Ávila (Novo) na disputa para a presidência. O governador ainda admitiu que mesmo com o bom relacionamento com Bolsonaro, algumas demandas de Minas não conseguiram ser viabilizadas, como a duplicação das BRs- 381 e 262.

"Eu tenho um partido, o presidente tem outro (...) nós tivemos um relacionamento civilizado, sempre fui bem atendido em Brasília apesar de que vários pleitos não foram atendidos, mas algumas coisas caminharam, como a concessão do metrô de BH. Faz parte da política em alguns momentos ir em um carro diferente que o seu colega", avaliou Zema, que teceu algumas críticas ao partido Novo. Segundo o governador, a sigla precisa amadurecer em alguns aspectos.

"Não tem partido perfeito, às vezes, eu vou sair do espeto e cair na brasa (risos). Mas o partido com o novo presidente iniciou um processo de coligações, aprimorou o processo de seleção (...) com isso tem ganhado credibilidade e avançado. É um partido recente, precisa amadurecer e está amadurecendo", analisou.

 

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