POLÍTICA

Servidora tenta reverter na Justiça a punição por erro na vacinação

Gisele Barcelos
Publicado em 10/08/2022 às 23:12Atualizado em 18/12/2022 às 21:15
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Penalizada com suspensão temporária por descumprir prioridade na imunização contra a Covid-19 em Uberaba, a ex-responsável técnica pela Central de Vacinas da Prefeitura, Valéria Ferreira, tentará reverter na Justiça a decisão do processo administrativo disciplinar.

A defesa da servidora manifestou que não houve ato ilícito e a penalidade aplicada foi considerada injusta. Por isso, uma ação será ajuizada até sexta-feira (12) para pedir a anulação do processo administrativo que resultou na suspensão das atividades por cinco dias, com prejuízo na remuneração.

O processo administrativo contra a servidora foi fruto de sindicância aberta para apurar eventuais irregularidades funcionais na convocação antecipada da população de 65 a 69 anos para vacinação contra Covid-19 em Uberaba. O caso ocorreu no dia 29 de março de 2021, quando o público alvo eram os idosos de 72 anos. No entanto, doses foram aplicadas em diversas pessoas de outra faixa etária, inclusive no ex-prefeito Paulo Piau, de 67 anos.

De acordo com a defesa, o controle sobre a data de vencimento dos imunizantes não era feito pela servidora, mas sim por uma comissão. No entanto, a funcionária verificou que havia vacinas não utilizadas que estavam para vencer no dia seguinte. Com isso, optou por fazer a aplicação em pessoas de outras faixas etárias que estavam no local para evitar que as doses fossem perdidas por ultrapassar a data de validade, o que representaria um dano maior para o município.

Ainda segundo a defesa, a aplicação das doses apenas começou a ser feita em pessoas que já estavam no local da vacinação no momento e a servidora não fez qualquer tipo de anúncio nas redes sociais sobre a antecipação da faixa etária. A defesa ressaltou que a informação foi divulgada por terceiros via WhatsApp e resultou em outras pessoas se dirigindo para o ponto de vacinação, mas o chamado não partiu da funcionária.

Além disso, a defesa manifestou que, embora o município ainda estivesse focando a imunização de idosos de 72 anos na época, já havia autorização da Secretaria de Estado da Saúde para vacinação contra a Covid-19 de pessoas na faixa etária de 65 a 69 anos.

Ao contrário de ser declarada culpada, a ex-responsável técnica da Central de Vacinas posicionou que agiu de forma diligente e atenciosa para evitar o desperdício das doses que estavam prestes a vencer. Desta forma, a decisão tomada não representou qualquer prejuízo ao município.

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