POLÍTICA

Decreto estadual restringe captação no Rio Uberaba, inclusive para o abastecimento público e consumo humano

Gisele Barcelos
Publicado em 24/09/2021 às 08:53Atualizado em 18/12/2022 às 16:08
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Foto/Arquivo

A vazão do rio Uberaba é, atualmente, de 300 litros por segundo, segundo o vice-prefeito Moacyr Lopes

Igam (Instituto Mineiro de Gestão de Águas) decreta escassez hídrica em Uberaba e restringe temporariamente o volume permitido de captação de água na bacia hidrográfica do Rio Igam (Instituto Mineiro de Gestão de Águas) decreta escassez hídrica em Uberaba e restringe temporariamente o volume permitido de captação de água na bacia hidrográfica do Rio Uberaba. A medida foi publicada na última edição do diário oficial do Estado e atinge até a captação para abastecimento público e consumo humano. 

De acordo com o decreto, a situação de escassez hídrica terá validade inicialmente até 23 de outubro deste ano, mas pode ser revogada antes se houver alteração no nível do rio.

No texto, o Igam determinou corte de 20% no volume diário autorizado para captação de água destinada ao consumo humano e abastecimento público. Questionada sobre a situação, Codau confirmou em nota que a partir do decreto haverá redução da porcentagem de água captada pela companhia, que é responsável pelo abastecimento da cidade. 

No entanto, a autarquia não informou se medidas drásticas podem ser adotadas nos próximos dias devido à restrição no volume diário de água retirado do rio. Um posicionamento detalhado sobre o assunto é aguardado neste fim de semana.

Já no caso das captações para fins de irrigação, o Igam estabeleceu redução de 25% no volume diário permitido. A restrição será de 30% do volume diário outorgado para consumo industrial e agroindustrial. Para as demais finalidades, o corte no volume diário autorizado de captação será de 50%.

Ainda conforme o texto, caso seja verificado o descumprimento das restrições de uso impostas pelo Igam, haverá suspensão total do direito à captação no rio Uberaba até o fim do prazo da vigência do decreto de situação crítica de escassez hídrica.

O decreto ainda paralisa temporariamente as emissões de novas outorgas para captação de recursos hídrica no Rio Uberaba  bem como solicitações para aumento de aumento de vazões e/ou volumes captados.

A redução temporária nas outorgas para captação no rio Uberaba partiu de um pedido encaminhado pela Codau ao Igam. No entanto, inicialmente, não havia informação que o corte também poderia atingir o abastecimento público.

 

Captação menor 

A Codau informou que ontem a captação de água no rio Uberaba já estava 26% abaixo que a capacidade máxima, ou seja, operando com apenas 74% do volume máximo permitido.

Em nota, a companhia ressaltou que há um trabalho em andamento na cidade para minimizar os efeitos da crise hídrica e citou o decreto em vigor que prevê penalidades em caso de desperdício de água.

Ainda no texto, a autarquia informou que vem promovendo um rodízio no abastecimento, com fechamento dos reservatórios por um determinado período do dia. Segundo a nota, não há previsão para o fim do rodízio

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