POLÍTICA

Volta às aulas em Minas não dependerá da vacinação de professores

Publicado em 25/02/2021 às 07:39Atualizado em 18/12/2022 às 12:22
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Durante mais uma coletiva de imprensa presencial, o governo de Minas Gerais anunciou protocolo de volta às aulas presenciais no estado. O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, afirmou que a reabertura das escolas não precisa estar condicionada à vacinação dos profissionais ligados à educação.

Apesar de reconhecer o caráter essencial da vacinação dos professores, Amaral comparou a categoria aos profissionais de saúde, que precisaram trabalhar para prestar assistência aos infectados pela Covid-19. “Vacinar os professores é importante, eles são prioridade, mas não vejo condicionamento entre retorno às aulas e vacinação de professores, assim como eu não vi condicionamento da assistência à saúde com a vacinação dos profissionais de saúde”, disse o secretário.

Carlos Eduardo Amaral afirmou, ainda em coletiva, que o protocolo foi elaborado por profissionais que tomaram como base países como Austrália, Inglaterra, Estados Unidos e Israel. Ele justifica que a experiência de funcionamento das escolas durante a pandemia mostra que a infecção nos ambientes de ensino é incomum.

"Acompanhamos vários estudos feitos no mundo e, além disso, outros estados também estão retornando. Transmissão dentro das escolas, levando em conta a característica que são jovens, têm risco de transmissão secundária. Acompanhando os casos internacionais podemos dizer que as escolas não são as únicas responsáveis pela contaminação", explicou Amaral.

O protocolo prevê volta às aulas presenciais a partir de 1º de março nos municípios que estiverem nas ondas verde e amarela do Minas Consciente. Na rede estadual de ensino as aulas serão retomadas no dia 8 de março, ainda restrita ao modelo remoto a princípio, uma vez que há decisão judicial em caráter liminar que impede o retorno de forma presencial.

Ainda na coletiva, a secretária de Estado de Educação, Julia Sant’Anna, explicou que serão as crianças as primeiras a voltarem para o modelo presencial, começando por aquelas consideradas de “anos iniciais”, ou seja, até o 6º ano. Os protocolos serão revistos a cada 14 dias, quando será analisada a possibilidade de inclusão de novas faixas etárias no sistema presencial”, disse.

“É importante que, se os municípios abrirem as escolas, mesmo que não estejam no plano de flexibilização, usem os protocolos elaborados pelo Grupo de Estudo do governo. Sabemos que assim muitos municípios darão uma resposta mais segura com o protocolo”, defendeu a secretária.

A coletiva de imprensa ainda contou com a presença dos médicos que integram o grupo de tomada de decisões do governo de Minas. Para o presidente da Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil de Minas Gerais, Rodrigo Carneiro, a volta das crianças para a escola é urgente.

“A escola é um espaço de convivência. Temos que proteger a infância do nosso país. Se continuarmos com as crianças trancadas em casa, podemos comprometer toda uma geração”, afirmou o médico. “Quando as crianças não estão na escola, estão em situações de vulnerabilidade. O isolamento se estendeu muito, a ponto de eu considerar a urgência da volta da socialização dessas crianças mais novas”, acrescentou.

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