Ouvinte, quem escreve, num ato que poderíamos dizer, automático, adestra sua mente e a sensibilidade para captarem com a observação tudo que passa ao seu redor. Hoje apresento a você algo que poderia passar despercebido, mas, devido à sua importância para o meio ambiente, faço-o com imenso prazer. Refiro-me a um enxame de abelhas jataís que habita a sede da Academia de Letras do Triângulo Mineiro.
Inertes aos sons vindos de fora / Silenciosas diante de um hospital / Crianças passando bem ou mal / Abelhas ficam e não vão embora.
Abelhas jataís da Academia / Nas pedras brutas fizeram morada / De dia seguem rotina programada / À noite se fecham em harmonia.
Inofensivas, não ferem a ninguém / Polinizam as flores e fazem doce mel / Rotina que traduz importante papel / Nossas jataís são o retrato do bem.
Resistem ao sol forte e escaldante / Nem parecem que vivem ao relento /Respondem a qualquer momento / Se o tempo mudar num instante.
Abelhas minúsculas da Academia! / Com quem aprendo grandes lições / Contenho muitas vezes as emoções / Aulas suas podem mudar o meu dia.
Benditas sejam as abelhas para a nossa sobrevivência!
Zulmira Sabino