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Notícias, e daí?

Karim Abud Mauad
Publicado em 10/06/2021 às 06:48Atualizado em 18/12/2022 às 13:48
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Notícias, toda hora somos inundados de notícias. Umas boas, poucas neste campo, outras ruins, infelizmente um volume maior. Dizem que notícias ruins vendem mais que notícias boas. No jargão jornalístico acredita-se, com números para justificar a crença, que o sangue rende mais que o amor. Este assunto é tão sério que conheço pessoas que pararam de ler jornais, ouvir televisão, para não se deixarem contaminar por estas informações que geram, no mínimo, desânimo, para ficar no mínimo do mínimo, mesmo. Na outra ponta, como as pessoas podem sobreviver sem informações, ou ainda como qualificar previamente o que é a boa e saudável informação? Principalmente nestes tempos de redes sociais, com abundância de Fake News e muita gente consumindo estas notas, sem o cuidado de checar origens e procedências. Todos sabem que vivemos na era da informação e da contrainformação. O Brasil não foge à regra e ainda tem a excessiva polarização de esquerda e direita, alimentada por quem quer poder a qualquer custo, independente da mão ou do lado do incauto. A Bíblia prega que o que fazemos com uma mão a outra mão não precisa saber, ou seja, “quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua mão direita”. A ideia do secreto é da recompensa via o Pai, o Criador. Creio que também neste caso a ordem dos fatores, no caso das mãos, pouco importa, mas trazendo para o cotidiano e as redes sociais o caos está criado, principalmente, se alguém ousar pensar diferente; ou, voltando à passagem bíblica, usar as duas mãos, ou achar alternativa, a execração vem de todo lado ou de qualquer dos lados, sempre do lado que se entendeu contrariado. Uma lástima.

Os perdedores, nós todos, os prováveis ganhadores, quem representa ou simboliza qualquer dos lados, pouquíssimos. O ideal hoje era pacificar este clima em prol do país e esta seria uma ótima notícia de ser vista, lida e ouvida.

O homem é produto do meio e tem o exemplo como modelo maior, infinitamente acima da retórica. Adoraria ver mais exemplos bons e saudáveis e menos bravatas e falas tolas. O momento requer gestão pacificada, nada de arroubos e metáforas vazias. A regra do 80/20, o chamado Princípio de Pareto, pode ser usado para diversas situações; no mundo dos negócios, diz-se que 80% dos seus lucros vêm de 20% dos seus clientes, entre outros exemplos que poderiam ser citados, e vale para a vida, a família, a doença e a saúde. Na política também, no mundo da informação nem se fala, porém duas notícias ruins ou falsas contaminam mais que oito boas ou verdadeiras. Avalie! Observe! Atue!

No último artigo, falei de Associativismo. Quero voltar ao tema, que tem tudo a ver com a regra de Pareto. Precisamos de 80 empresas e empresários unidos para encararmos os 20 impostos diretos ou indiretos que nos assolam, nos três níveis de governo. Breve retomaremos o assunto. Associativismo é sempre notícia boa.

Encerro prestando meus sentimentos a todos que perderam seus entes queridos no momento que passamos de 1.000 pessoas mortas em Uberaba, lembrando do Carlos Mariottini (o Carlão), pai da Yasmin; do Rodrigo Mateus, com quem fiz parte de uma equipe de trabalho, e da Elci Caixeta, esposa do Gilberto, mãe da Eloá e da Júlia, mesmo esta não sendo diretamente Covid. Os três representam todos e vamos irmanados nesta mesma dor. Este é o alerta a ser feito. Atenção à saúde, sempre.

Na semana do Dia dos Namorados, vamos encontrar motivos para sorrir, o futuro anda incerto. Vou curtir a minha Flávia. Boa quinzena a todos.

Karim Abud Mauad

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