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I si...

Publicado em 15/05/2021 às 16:20Atualizado em 19/12/2022 às 03:45
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...realmente não existir Deus, quem teria as rédeas da humanidade? Assim, nos momentos difíceis, na hora do pênalti que decide o campeonato ou de passar em um concurso, assim como em outras tantas ocasiões especiais, prometeríamos a quem? Sancho Pança, ao trovão, à bailarina do Faustão, ao homem do chapéu? Bom, sobrando apenas nós, a alternativa certa parece ser a opção A. Então, “é nós por nós”.

Fazer de nossos desejos a realidade. Quer seja, vou fazer para os outros só aquilo que fariam comigo. Sempre repartir o pão, dividir tudo em igual proporção. “Cabo” esse treco de farinha pouca, meu pirão primeiro.

Com uma filosofia assim, certamente o mundo seria um paraíso e a humanidade, deus de si mesma.

Aqui cabe até uma lógica, sendo o homem justo consigo mesmo, Deus não seria um SER TODO-PODEROSO, e sim o bem, nas atitudes do homem, consigo mesmo. Ou seja, o ser humano sendo justo não faria maldades e não haveria falta de comida, crianças pedindo esmolas em esquinas e outras tantas coisas que o ser humano aceita como normais na sociedade.

Ainda dentro do conceito lógica, não haveria sequer a necessidade de religiões. Então, vejamos as doutrinas que hoje pregam o caminho do bem, de Deus, em “Utopialândia”, não têm por que existirem.

Não havendo a necessidade de religiões no céu, não há por que tê-las na Terra. Logo, seria mesmo necessária uma infinidade de “casas de Deus” espalhada por todo planeta? E mais, como entender que Deus é um só, porém, tem diferentes códigos para levar o mortal ao paraíso? Bom, ainda no campo da lógica, a resposta parece fácil. Dá muita grana dizer que: “seguindo o que preconiza esta religião, você vai para o céu”. Por isso essa variedade sempre crescente, de caminhos para o céu.

Em país vizinho ao Paraguai, tem um “pastor” que, se você seguir a religião dele e comprar tudo que vende em televisão, “cara, se vai pro céu”. 1) Esse pastor é prova viva disto, ganha tanta grana com pessoas comprando em sua loja, que voa com jatinho próprio no céu. Outro senhor que “ora” por seus filhos também arrecada fortunas. 2) O banco que este representa guarda bilhões em dólares, euros e outras moedas, sem mencionar o nome dos depositantes. Sequer, importa-se com a origem do dinheiro. Contudo, quando uma floresta queimou em um país vizinho a Venezuela, aquele sumo representante de certa religião disse que: – aquilo foi um desastre ambiental. E os correntistas do seu banco que matam, vendem riquezas do país, enquanto a população morre, isso pode? Parece que sim, a regra é clara: primeiro a grana, depois outros assuntos. Seu antecessor queria acabar com a farra, foi barrado e trancafiado em um castelo.

3) Outro senhor que tem Deus como único lambia o bumbum de mulheres solteiras para terem maridos. Há muitas outras situações “esquisitas” que alguns desses representantes do SENHOR-MOR fazem. Grande parte não é bem aceita por qualquer cidadão que creia apenas em fazer o bem sem olhar para quem.

Pois bem, seguindo este raciocínio, o mundo não é governado por Deus, e sim por homens fiéis ao deus dinheiro (diabo). Por conseguinte, não devemos crer na palavra dessas pessoas e, se precisarmos de algo, é melhor procurar um amigo. Agindo dessa forma, as chances de a vida ser melhor são muito maiores.

Haja vista que, sendo todos amigos uns dos outros, não haverá crianças pedindo esmolas nas ruas, pessoas sem cobertor no frio e demais mazelas. Faremos uns pelos outros, sem precisarmos dar dinheiro a charlatões que não pregam o bem. Apenas vislumbram riquezas e outros absurdos.

O título do campeonato ou passar em um concurso não interessa a Deus, o bem maior é o amor entre os homens. Amando uns aos outros, não precisamos de religião. Deus é o bem.

Paulo Cesar dos Santos

O escritor do lago

Blog, Instagram: Utopiaxrealidade (Nascendo um mundo melhor)

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