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Falando de Empatia

Sandra de Sousa Batista Abud
Publicado em 23/10/2020 às 19:44Atualizado em 18/12/2022 às 10:32
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Empatia, palavra grega empátheia, cujo significado é entrar no sentimento do outro, o que pode ser garantia de sucesso na vida e no convívio social.

“Empatia, é o processo de identificação em que o indivíduo se coloca no lugar do outro e, com base em suas próprias suposições, ou impressões, tenta compreender o comportamento do outro”. E ainda, socialmente, a empatia é uma capacidade do eu social, que se apoia em três disposições inatas ou adquiridas: para se ver do ponto de vista de outra pessoa; ou para ver os outros do ponto de vista de outra pessoa; ou para ver os outros do ponto de vista deles mesmos. É uma ligação pessoal que facilita estabelecer um relacionamento, permite reconhecer as preocupações e reagir de forma adequada aos sentimentos dos outros.

O diálogo é uma forma de interação entre dois ou mais indivíduos e o verdadeiro diálogo – respeitoso, honesto, compartilhante, informativo – permite a empatia. Assim, torna-se necessário encontrar uma maneira de falar honestamente, sem ofender o outro, preservando a segurança.

Como dizer o detestável, o odiável, o deplorável conservando o respeito?

É possível dizer o detestável, mesclando cuidadosamente três sentimentos: confiança, humildade e aptidão.

A confiança – crença na lealdade, na sinceridade, na discrição, na competência, na inteligência moral – é essencial no diálogo. A maioria dos indivíduos não consegue manter conversas delicadas e confiantes com as pessoas certas. Entretanto, pessoas habilidosas ao dialogar, têm confiança para dizer o que precisa ser dito a quem precisa ouvir. E ainda, são confiantes de que suas opiniões são merecedoras de serem colocadas no reservatório de informações importantes. Confiam que podem falar sinceramente e abertamente sem causar ofensas.

A humildade – modéstia, simplicidade, consciência das próprias limitações – é a virtude daqueles que têm confiança, que têm algo a dizer, mas também sabem que os outros têm contribuições valiosas a oferecer. Os humildes são humildes o bastante para perceberem que não possuem o privilégio da verdade e que suas opiniões são um ponto de partida e não a palavra final. Acreditam em algo, mas entendem que com novas informações podem mudar de ideia, o que significa que se dispõem a manifestar sua opinião e a incentivar o outro a fazer o mesmo. Sabem que a confiança não se equilibra com obstinação e altivez.

A aptidão – disposição inata ou adquirida para lidar com algo – em relação ao diálogo, significa falar e saber, principalmente, ouvir. Aqui temos pessoas dispostas a compartilhar informações delicadas e importantes, confiantes e sabendo como se comportar. Falam o deplorável e o outro agradece a sua honestidade e não se sente ofendido ou desrespeitado.

Assim como o diálogo, a empatia exige calma, receptividade e autoconhecimento. Quanto mais consciente o indivíduo estiver de suas próprias emoções, mais facilmente poderá entender o sentimento alheio.

Todo relacionamento e todo envolvimento vêm de uma sintonia emocional, ou seja, da capacidade de empatia.

A empatia, essa capacidade de saber como o outro se sente, importa e interfere em vários aspectos da vida como no namoro, nas amizades, no relacionamento conjugal, na caridade, na administração, nas práticas comerciais, nas equipes esportivas ou profissionais, na maternidade, na paternidade, na política...        

A empatia é um sentimento profundo que leva um indivíduo ao encontro verdadeiro do outro.

        

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