FALANDO SÉRIO

Diferente da CEI, Processante abre espaço para contraditório

Wellington Cardoso
Publicado em 17/06/2021 às 19:51Atualizado em 18/12/2022 às 14:44
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No MP Formalizada a entrega ao Ministério Público dos autos do pedido de impedimento da prefeita arquivado pela Câmara de Vereadores no dia 4 deste mês.   Sem provas Legislativo entendeu que não havia prova das denúncias de irregularidades feitas pela cidadã Aparecida Fátima da Silva, representada pela advogada Cássia Américo.   Julgamento Parecer do procurador Diógenes Alves de Sene, acatado pelos vereadores, frisou que o papel da Câmara seria julgar a denúncia e não investigá-la.   Há 5 décadas O terror que o serial killer Lázaro Barbosa está semeando no interior de Goiás trouxe aos idosos triangulinos lembranças de pânico vivido por moradores das regiões de Ituiutaba, Capinópolis e Centralina nos anos 70.    Monstro Batizado “Monstro de Capinópolis”, Orlando Sabino levou à mobilização dezenas de homens do 4ª Batalhão, deslocados de Uberaba para aqueles municípios com a missão de dar um basta nos assassinatos por ele praticados na zona rural. Foram semanas de muita tensão até a sua prisão e recolhimento ao Manicômio de Barbacena.   Em série Doente mental, Orlando Sabino, um negro franzino, filho de lavradores no interior do Paraná, era acusado de assassinar doze pessoas a tiros de revólver e espingarda, golpes de faca e facão e a pauladas, além de matar muitos animais. Ele chegou ao Triângulo, fugido da sua terra, depois de assistir à morte do pai pelo patrão.  

  Na foto, o então tenente Pedro Ivo Vasconcelos, sargento Jair Azevedo e soldado Leite, de Uberaba, participantes da caçada e da prisão de Orlando Sabino   Avisada foi “Falta de avisar não foi”. Ao ampliar o leque dos casos a serem investigados, a CEI se perdeu, deixando de se aprofundar nas questões aparentemente mais graves.   Voz experiente Na medida em que as denúncias foram se avolumando, em conversa informal Marão alertou que apuração boa não é necessariamente a que abre várias frentes de investigação.   Foco A diversificação de casos suspeitos a serem analisados pode levar à perda de foco sobre o que é mais importante, sensação deixada pelo relatório.   Muito papel Jurista reforça a manifestação de Marã a qualidade de uma investigação não está no número de páginas do relatório, mas na lucidez dos relatos.   Contraditório E explica, em defesa da CEI, que não caberia a ela ouvir a defesa de suspeitos ou acusados de delitos: “Não era o momento do contraditório, que ocorrerá na Processante”.   Hora errada Nem mesmo a revelação da instauração de processo administrativo pela Controladoria, feita durante a sessão, deveria ser levada em consideração – diz especialista.   O detalhe Na apuração mais detalhada a ser feita pela nova comissão, a responsabilidade por crimes eventualmente identificados pode recair sobre outros atores.   Exclusividade Não será exclusividade daqueles já citados e praticamente eleitos como alvos. Quem foi mencionado pode se provar inocente e quem está de fora pode entrar, desde que haja prova.   Sem nomes Tecnicamente, vereadores erraram ao apontar nomes que pré-julgam culpados pelas irregularidades apontadas pela CEI da Vacina.   Os fatos O que está em apuração ainda são os fatos e somente a Comissão Processante, com as provas que conseguir levantar, poderá indicar os culpados.   Ressalva Ainda assim com ressalva, pois caberá ao plenário votar pela aprovação ou não do que a CP indicar, e dela não depende o Executivo para promover alterações na equipe.   Alto lá Externando lucidez durante toda a sessão de leitura do relatório da CEI, Ismar Marão evitou o “linchamento” do secretário de Saúde por alguns colegas.   O alto Ao isentarem de culpa a chefe do Executivo, nos episódios citados pela CEI, eles optaram por descarregar as críticas sobre o médico.   Prematuras Marão lembrou aos colegas que não havia formalização de culpa na conclusão da CEI e a respeitabilidade desfrutada por Sétimo Bóscolo.   Vacinados Se confirmadas as ocorrências, o tráfico de influência exercido para a vacinação de alguns empresários e funcionários de usina dará dor de cabeça para o autor.   Parceiros Eles teriam sido vacinados sob o argumento de “parceria”.   Não provou Diferentemente do “vazado”, não houve vacinação provada de assessor de vereador, como o próprio presidente da CEI disse na madrugada desta 5ª feira.   No comando Depois de tentar e não conseguir o comando da CEI, o grupo dos 8 é maioria na Comissão Processante, de integrantes decididos na manhã desta quinta.   Dois a um Elias e Alessandra integram o grupo dos 8 e Anderson está no bloco dos 13, assim divididos os vereadores por ocasião da eleição da Mesa Diretora.   Interrogatório Chamou a atenção a forma como Celso Neto fez questionamentos a Jamal logo após a leitura do relatório da CEI.   Réu Nas redes sociais não faltou quem observasse, bem humorad “Jamal agora virou réu”.   Objetividade E quem impressionou pela objetividade foi a vereadora Lu Fachinelli. Contundente nas perguntas, ela as fez de modo que as respostas fossem “sim” ou “não”.   Isolado Antes mesmo da conclusão da leitura do relatório, o vereador China se manifestou contra o Executivo. Acabou ficando praticamente sozinho.   Foi fácil Líder do Executivo no Legislativo, Caio Godoi, nem teve trabalho, depois de lido o relatório isolado de Wander.   Curto e grosso Com duas palavras, o presidente da Câmara matou, na madrugada de hoje, o desejo daqueles que queriam suspender a sessão para descansar: “Vai prosseguir”.        

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