ALTERNATIVA

Cirurgias eletivas devem ser adiadas mais um vez

Lídia Prata
Publicado em 28/07/2021 às 21:04Atualizado em 19/12/2022 às 02:34
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Se a linha de corte fosse ontem, as cirurgias eletivas continuariam suspensas pelo menos por mais uma semana. Segundo o coordenador da Regulação de Leitos, Irálio Fedrigo, a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid em Uberaba estava em 70%. Como a medição será nesta quinta-feira, pode-se considerar impossível baixar 10% de um dia para outro, para atingir o máximo de 60% previsto no decreto que estabelece as regras para a volta das cirurgias de vesícula, varizes e similares de baixa complexidade. Portanto, seguiremos sem perspectivas de retomada das eletivas em Uberaba…

CULPA DA VIZINHANÇA

O problema da lotação dos leitos de UTI Covid na rede pública está diretamente ligado à vinda de pacientes de cidades vizinhas para o Hospital Regional. Para se ter uma ideia, na tarde desta terça-feira os leitos de UTI Covid do Hospital Regional tinham 20 pacientes de Uberaba e 23 de outras cidades. Na ala de clínica médica há um certo equilíbrio, mas os pacientes de fora ainda são maioria, segundo informa o diretor do HR, Frederico Ramos. Com os leitos de UTI Covid lotados outra vez na rede pública, não há como se pensar em permitir a retomada das cirurgias eletivas. A verdade é esta.

BAIXA ROTATIVIDADE

Não bastasse o volume de pacientes vindos de fora para o Hospital Regional, o diretor Frederico Ramos observa que a rotatividade na ocupação dos leitos de UTI é pequena. Geralmente vêm pacientes mais jovens, que têm mais vigor físico e resistem mais ao ataque do vírus no organismo. Por outro lado, ele observa que a maioria dos pacientes de fora tem chegado aqui em estado bastante grave, indo direto para a UTI. 

EM ALTA

Por outro lado, o coordenador Irálio Fedrigo revela que também na rede privada a taxa de ocupação dos leitos de UTI Covid aumentou nos últimos dias. Na semana passada era de 35%, saltando para 50% esta semana. Se estamos iniciando uma terceira onda da Covid não se sabe, muito menos se essa alta na taxa de ocupação de leitos se deve à maior flexibilização das medidas de segurança, ou até mesmo a um certo relaxamento por parte da população. Mas esses dados são suficientes para acender a luz amarela: atenção!

BALANÇO DAS OCUPAÇÕES

Ocupação de leitos em Uberaba fechou o primeiro semestre com 2.128 pacientes regulados pelo Estado e 3.930 das UPAs, incluindo Covid e não-Covid. Interessante observar que esse sistema adotado pelo Estado para a regulação é o mais absurdo que existe: por ordem alfabética, e não por gravidade do estado de saúde do paciente. Com isso, o paciente com nome iniciado pela letra Z está literalmente perdido. Já o sistema de regulação usado pelo município, o Sisreg, permite um controle mais adequado da ocupação dos leitos hospitalares, na medida que as transferências das UPAs é determinada pela gravidade do estado de saúde do paciente e de acordo com a disponibilidade de vagas para a respectiva enfermidade. Não basta tirar o paciente da UPA para colocá-lo num hospital que não tem capacidade técnica para prestar o devido atendimento na área necessitada.

CALMA, PESSOAL!

Bastou a publicação nesta coluna sobre o zunzunzum em torno da possibilidade de retomada do trabalho presencial na Prefeitura, para vereadores e servidores entrarem em pé de guerra com a prefeita Elisa. Calma, pessoal! Na mesma publicação constou o desmentido da Secretaria de Comunicação,  argumentando que não há nada cogitado por enquanto, apenas zunzunzum de bastidores. Nesta quarta-feira, a secretária Celi Camargos voltou a garantir que antes de efetivar qualquer medida será feito um planejamento para o retorno ao trabalho presencial, e tudo será devidamente comunicado com antecedência aos servidores. “A prefeita Elisa preza, antes de tudo, pela saúde dos servidores” - frisou Celi. 

HÁ VAGAS

Acredite, se quiser: o Sine municipal anunciou nesta quarta-feira a oferta de mais de 400 vagas de emprego, entre vagas temporárias e trabalho permanente. Esses números sinaliza que a economia uberabense está retomando seu crescimento. 

ZEMA NA FRENTE 

A pouco mais de um ano para as eleições de 2022, o governador Romeu Zema aparece como franco favorito para a reeleição em pesquisa realizada pelo DataTempo/CP2. Levantamento das intenções de voto foi feito entre os dias 17 e 20 de julho, envolvendo 12 pré-candidatos, e mostra que o governador teria hoje mais do que o dobro das intenções de voto do segundo colocado na provável disputa, que é o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). Zema teria 46,2% das intenções de voto, contra 18,8% de Kalil. Pois é. Zema tem forte presença no interior do Estado, enquanto o prefeito de BH é mais conhecido na capital. Esse cenário pode mudar até a eleição.  

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