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Glutamina e sistema imune

Publicado em 16/05/2020 às 10:57Atualizado em 18/12/2022 às 06:22
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A glutamina é o mais importante e versátil aminoácido presente no nosso corpo. Por se ser um aminoácido não-essencial, independe da alimentação, pois é produzido pelo nosso corpo. Sabe-se que em algumas situações de doença ou saúde, a taxa de consumo de glutamina pelas células do sistema imune é semelhante ou até superior ao da glicose.

Pesquisadores da Torrens University, da Austrália, demonstraram, em um estudo publicado em 2018, que a glutamina é um nutriente essencial para a produção de células do sistema imune, e sua liberação e disponibilidade no sangue são controladas principalmente pelo intestino, fígado e músculo esquelético.

Nesse mesmo estudo também foi demonstrado que, apesar de ser produzida pelo organismo, sua disponibilidade pode ser comprometida em situações que promovam alterações na homeostase, como exemplo, situações hipercatabólicas (doentes graves, pós-trauma, sepse, atletas de alto rendimento, imunossuprimidos).

Outro papel muito importante da glutamina é que ela é uma importante fonte de glutamato, que é substrato para a síntese de glutationa (um potente antioxidante com inúmeras funções, que será discutido em outra matéria).

Um importante estudo de revisão, publicado por pesquisadores chineses em fevereiro desse ano, mostrou resultados positivos na redução do peso, redução da circunferência abdominal, diminuição de marcadores inflamatórios, melhora da captação de glicose pelo músculo e diminuição dos níveis de insulina no sangue.

A suplementação de 1 (uma) colher de chá, uma ou duas vezes ao dia, seja na água ou líquido de sua preferência, pode ajudar na prevenção da perda de massa muscular, saúde intestinal, infecções, treinos exaustivos e, principalmente, na manutenção da homeostase do nosso corpo.

Uma revisão sistemática e meta-análise publicada por pesquisadores iranianos em junho de 2019 não mostrou resultados na melhora da performance física e aeróbica de atletas, no entanto, o estudo demonstrou uma alta taxa de redução de peso nos grupos que usaram glutamina. Um total de 47 estudos foram incluídos.

É importante lembrar que, apesar de se conhecer a bioquímica envolvida e os benefícios potenciais da suplementação de glutamina em indivíduos saudáveis, ainda são necessárias mais evidências positivas para que isso se justifique.

Nomes dos profissionais que assinam a matéria:

Dr. José Fábio Santos D. Lana

Dr. Eduardo Fonseca Vicente

Dr. Nilo Peçanha dos Santos

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