RENATO ABRÃO

O medo de morrer e a fé

Publicado em 30/05/2020 às 10:51Atualizado em 18/12/2022 às 06:43
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Bom dia, leitores do Jornal da Manhã. Hoje quem vai escrever na coluna é o Dr. Djalma Abrão. Ele vai nos falar sobre o medo de morrer e a fé. Bom domingo a todos e boa leitura! Olá, quando se pergunta sobre o medo de morrer com a Covid, duas vertentes temos que analisar friamente: técnicas e emocionais.   1) Características técnicas - Analisando dados, vemos o seguinte: há poucos dias o número de mortes diárias pela Covid no Brasil era o mesmo das por acidente de trânsito – 110 por dia (40.721/ano) – fonte DPVAT/LÍDER; por câncer: 223.757; coraçã 175.950 (DATASUS 2018). Então, qual o problema técnico maior? Respond evitar a grande e rápida propagação do vírus que pode colapsar o sistema de saúde, pois seria como se tivéssemos vários acidentes automotivos ao mesmo tempo, pois hoje temos mais de mil mortes por Covid ao dia. Portanto, as medidas adotadas devem ser aplicadas de acordo com cada região, baseadas nas orientações do sistema de saúde, que é quem conhece suas capacidades e limitações.   2) Características emocionais - Então, por que o medo de morrer? Porque não nascemos para morrer e não queremos morrer, embora seja este o nosso destino – (Romanos 6-23). A morte sempre dói muito em quem fica; Cristo chorou, gemeu em espírito e ficou aflito ao ver Maria, irmã de Lázaro – (João 11-33,36). Será que temos medo de morrer ou de sofrer para morrer, sem encontrar leito para atendimento?!! Sabemos que quem tem religiosidade enfrenta melhor as adversidades, embora na fé seja pequenininha – (Mateus 17-20). Então, por que a neura? Respond ninguém aceita antecipar sua morte por um segundo que seja só porque um dia terá de morrer; ou quem não sofre muito ao perder um ente querido? (perde um pai, aquele que o orienta, querendo o melhor para você, e que vai fazer falta!!! E como o faz!!!) Aí vem o bombardeamento de informações midiático para orientar a necessidade de distanciamento social pelo MEDO, ao invés do ESCLARECIMENTO TRANSPARENTE. Não se fala que o índice de morte pela Covid já foi igual ao do trânsito (hoje é dez vezes maior, pois estamos no pico, mas, ainda que assustador, acredito que não chegará aos 40.000/ano do trânsito e nem perto do número de mortes por problemas cardiovasculares e cânceres em geral) e que do mesmo modo que temos que respeitar as leis de trânsito, temos que respeitar as normas do MINISTÉRIO DA SAÚDE. A nós cabe respeitar as autoridades constituídas – toda autoridade vem de Deus! (Romanos 13-1,5). Temos que ter serenidade e agir com responsabilidade, pois ELE está no controle de tudo – (Apocalipse 7-1,4).   Nisto tudo, o que mais me preocupa, nesta estratégia “Bicho-Papão”, é a demanda represada das outras patologias. Quantos entes queridos vamos ter que perder EM FUTURO PRÓXIMO pelo atraso no diagnóstico e do início do tratamento de INÚMERAS PATOLOGIAS, assim como atraso na vacinação das crianças, pois as pessoas estão com MEDO de ir às unidades de saúde?   A PANDEMIA VAI PASSAR, mas quem se responsabilizará pelas sequelas físicas e emocionais se houver mais demora de um retorno planejado na área da Saúde?!

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