VIRGÍNIA ABDALLA

A diferença entre uma criança e um adulto é, simplesmente, o preço de brinquedos

Virginia Abdalla
Publicado em 21/09/2020 às 07:01Atualizado em 18/12/2022 às 09:37
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Colaboração Alexandre Cury

Opinião

Se observamos com cuidado, podemos detectar a aparição de uma nova faixa social que não existia antes: pessoas que hoje têm entre sessenta e oitenta anos. A esse grupo pertence uma geração que expulsou da terminologia a palavra envelhecer, porque simplesmente não tem em seus planos atuais a possibilidade de fazê-lo. É uma verdadeira novidade demográfica, semelhante ao surgimento da adolescência; na época, que também era uma nova faixa social, que surgiu em meados do século XX para dar identidade a uma massa de crianças desabrochando, em corpos adultos, que não sabiam, até então, para onde ir ou como se vestir. Este novo grupo humano, que hoje tem cerca de sessenta, setenta ou 80 anos, levou uma vida razoavelmente satisfatória. São homens e mulheres independentes que trabalharam durante muito tempo e conseguiram mudar o significado sombrio que tanta literatura latino-americana deu por décadas ao conceito de trabalho. Longe dos tristes escritórios, muitos deles procuraram e encontraram, há muito tempo, a atividade que mais gostavam e na qual ganham a vida. Supostamente é por isso que eles se sentem plenos; alguns nem sonham em se aposentar. Aqueles que já se aposentaram desfrutam plenamente de seus dias, sem medo do ócio ou solidão, crescem internamente. Eles desfrutam do tempo livre, porque depois de anos de trabalho, criação dos filhos, carências, esforços e eventos fortuitos, vale bem a pena contemplar o mar, a serra e o céu. Mas algumas coisas já sabemos que, por exemplo, não são pessoas paradas no tempo; pessoas de cinquenta, sessenta ou setenta, homens e mulheres, operam o computador como se tivessem feito isso durante toda a vida. Eles escrevem e veem os filhos que estão longe e até esquecem o antigo telefone para entrar em contato com seus amigos para os quais escrevem e-mails ou mandam whatsapps. Hoje, pessoas de 60, 70 ou 80 anos, como é seu costume, estão lançando uma idade que AINDA NÃO TEM NOME. Antes, os que tinham essa idade, eram velhos e hoje não são mais... hoje estão fisica e intelectualmente plenos, lembram-se da sua juventude , mas sem nostalgia, porque a juventude também é cheia de quedas e nostalgias e eles bem sabem disso. Hoje, as pessoas de 60, 70 e 80 anos celebram o Sol todas as manhãs e sorriem para si mesmas com muita frequência ... Elas fazem planos para suas próprias vidas, não com as vidas dos demais. Talvez, por algum motivo secreto que apenas os do século XXI conheçam e saberão, a juventude é carregada internamente. A diferença entre uma criança e um adulto é, simplesmente, o preço de brinquedos".

Entrevista da semana

Com o afrouxamento das medidas de isolamento e a possibilidade de sair gradualmente de casa - seja para uma eventual ida ao escritório, uma consulta médica ou um almoço, o nosso dress code não é mais apenas moletom e chinelo com meia. O conforto prevalece, mas agora em um look meio term ainda não tão elaborado quanto antigamente, mas não tão caseiro quanto nos últimos meses. Fashioninstas e afins nos dão algumas dicas...

"Como vamos nos vestir com a volta gradual das atividades?"

"Estamos retornando ao normal, a compra mudou um pouco, as pessoas vão comprar mais consciente e roupas que não são fashion, porque se a gente tiver que voltar pra casa a gente sabe que vai poder usar, um tricô, uma malha, um vestido, roupa bem confortavel. Na loja eu tenho vendido muita Kaftan, vestidão, que você fica em casa e pode sair pra rua também."

Mônica Hial Abreu - Empresária

"Para mim ainda prevalece muito o conforto , mas acho que depois desse momento tão difícil você levantar e aprontar é uma maneira de sentir que a vida está aí para sermos felizes. Hoje eu ando gostando de usar saias leves ou calças mais largas e despojadas. Blusas com mangas mais fofas e cores alegres como verde limão para dar um charme e um acessório que te enfeite. O que eu mais aderi na pandemia foram os sapatos confortáveis, como o tênis e as rasteiras e esse hábito acho que vai permanecer! Não me vejo usando saltos altos ou até mesmo plataforma! Meu trabalho me permite o conforto nos pés graças a Deus!"

Cristiana Palis Duarte - Administradora de lojas de conveniência e pecuária

"Eu acredito que o que vai prevalecer com mais força na moda daqui pra frente será o estilo Confy , ou seja as pessoas irão buscar o seu bem estar e conforto acima de tudo. Os tecidos naturais , tipo linho , algodão, as Cambraias, as sedas naturais , as malhas de algodão , e também estão chegando ao mercado tecidos com tecnologia nova de proteção aos raios solares , ao calor , tudo pra nos deixar mais a vontade com as roupas que queremos usar daqui pra frente. As modelagens mais amplas vem ganhando destaque nas novas coleções, justamente por conta dessa busca pelo conforto. O estilo "clássico " vem despontando como o preferido pelas pessoas que tem que trabalhar fora de casa. Eu acredito que vamos passar, na moda, por um período em que valorizaremos as roupas mais atemporais e mais fáceis de se usar. As mulheres vão privilegiar a alfaiataria, os vestidos bem confortáveis, saias mais amplas e leves, a camisaria clássica, o bom e velho Jeans que continuará reinando em todas as possibilidades!"

 Sérgio Amaral - Estilista

Flávio e Neusli

Casaram-se na última semana Neusli Santos e Flávio Lima no cartório civil, ao lado de familiares. Cerimônia marcada pela emoção do momento da concretização do sonho do casal e de poder, em meio a pandemia, estar ao lado das pessoas mais próximas. Desejamos felicidades!

O casal ao lado do irmão Eduardo Lima - de mãos dadas com a esposa Daniela Margato e com a filha Maria Eduarda, e com o fofo Gustavo, filho dos noivos

O casal rodeado com os pequenos Duda e Gustavo, durante sessão de fotos, pós casamento

IMAGENS QUE SÃO NOTÍCIAS

Cartoon genial de Mateus Cunha, de 09 anos, aluno do 3°ano da escola Maple Bear, de Uberlândia

Clicados no fim de semana, o empresário e síndico Diego Rodrigues, ao lado de amigos em badalada choperia da cidade! Estavam lá Carlos Athila, Etron, Silvia, Mariane e Carolina - ficaram mais próximos para esse registro

Fotógrafo Alysson Oliveira é o responsável por fotografar as DOZE GUERREIRAS para o caléndário 2021. Na foto ao lado de sua amada e parceira profissional, Di Oliveira!

Um dos casais mais descolados da terrinha, Marcelo e Juliana Marques - que estão em contagem regressiva para o término da nova residência do casal em condomínio da cidade - aproveitaram o fim de semana para curtir em rancho, um verdadeiro paraíso

Wander Tavares é um dos adeptos do ciclismo - em tempos de pandemia a adesão a esse esporte cresceu bastante

Arquiteta Raquel Afonso - responsável pelo ambiente "Banheiro menino e menina" do, já sucesso, CASA SHOPPING - soprou velinhas no dia 10 e recebe o carinho desta coluna

Amiga de todos, Olesia Maria Borges é nossa homenageada de hoje pelo niver

Públio Emílio Rocha aniversariante do próximo dia 24 e sua amada Sinara. Nosso abraço!

Arquiteta consagrada Cláudinha Ribeiro - que estará no CASA SHOPPING - estréia no data dia 25, junto com a chegada da primavera, sua estação preferida e sempre festejada

Batalhador incansável da humanidade animal, Marcos Moreno receberá cumprimentos - virtuais - no dia 27 deste mês

REFLEXÃO DA SEMANA

"Existe no silêncio tão profunda sabedoria que, às vezes, transforma-se na mais perfeita resposta"

Fernando Pessoa  

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