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Tratamentos não-cirúrgicos da artrose Conduta na abordagem não-cirúrgica

Publicado em 15/08/2020 às 11:15Atualizado em 18/12/2022 às 08:44
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 Os objetivos do tratamento de um paciente com osteoartrose devem incluir controle adequado da dor, melhora da função, bloqueio da evolução da doença, quando possível, e prevenção de incapacidade. 

É fundamental conhecer as intolerâncias alimentares, desordens metabólicas do paciente e possível associação com doenças reumáticas. O objetivo com isso é tratar os mecanismos fisiopatológicos envolvidos no processo.

Medidas gerais não farmacológicas sempre devem ser enfatizadas no tratamento da osteoartrose, independentemente do uso concomitante de medicação. 

É importante procurar reconhecer possíveis fatores de risco, como obesidade, trauma, sobrecarga mecânica, deformidades e instabilidade articular, a fim de eliminá-los ou atenuá-los, quando possível. 

A educação é um dos aspectos fundamentais do tratament devem-se fornecer informações suficientes para que o paciente possa compreender e lidar com a artrose. 

Como a artrose é uma doença crônica e multifatorial (ocorre por diversos fatores) o tratamento também deve ser multidisciplinar e pode envolver várias medidas: 

Medidas físicas (anti-inflamatórias) – Fisioterapia, laserterapia de profundidade, ledterapia, ultrassom de profundidade, gelo ou calor, propriocepção, core, reequilíbrio muscular, conforme a orientação médica.  

Medidas físicas (mecânicas) – Redução de peso, alongamentos, exercícios aquáticos, uso de palmilhas para correção de eixo, exercícios aeróbicos e fortalecimento muscular (condicionamento físico), etc. 

Medidas nutricionais – Reeducação alimentar, avaliação e correção nutricional e endócrino-metabólica, hábitos saudáveis (sono), evitar consumo de açúcar, álcool e uso de tabaco, avaliar intolerâncias alimentares.

Medidas farmacológicas (nutracêuticos) – Glicosamina e sulfato de condroitina, silício, fósforo, zinco, magnésio, cálcio, boro, cobre, manganês, vitamina C, colágeno tipo 2 (UC2), colágeno hidrolisado e suplementos vitamínicos e minerais etc.

Medidas farmacológicas (fitoterápicos tópicos e orais) – Arnica montana, Rhus toxicodendron D2, cordia verbenácea, medicamentos anti-homotóxicos, os extratos insaponificáveis de soja e abacate, sucupira, Harpagophytum Procumbens, cúrcuma, capsaicina, etc.

Medidas farmacológicas (DMOADs – Drogas Modificadoras da Doença) – Ranelato de estrôncio, doxiciclina, cloroquina, diacereína etc.

Medidas farmacológicas (analgésicos, anti-inflamatórios - tópicos, orais e injetáveis) – Meloxican, cetoprofeno, naproxeno, nimesulida etc.

Procedimentos intervencionistas minimamente invasivos (farmacológicos) – Viscossuplementação com ácido hialurônico, proloterapia, infiltração de corticosteroides, infiltração de colágeno, infiltração de anti-homotóxicos, injeção de Aines.

Procedimentos intervencionistas minimamente invasivos (proloterapia biológica) – Plasma Rico em Plaquetas (PRP), enxerto autólogo de medula óssea, células tronco mesenquimais derivadas da medula óssea e do tecido adiposo etc.

Tratamentos intervencionistas não invasivos – Tratamento por ondas de Choque (TOC). 

Referências: Liu X, Machado GC, Eyles JP, Ravi V, Hunter DJ. Dietary supplements for treating osteoarthritis: a systematic review and meta-analysis. Br J Sports Med. 2018;52(3):167-175. 

Honvo G, Reginster JY, Rabenda V, et al. Safety of Symptomatic Slow-Acting Drugs for Osteoarthritis: Outcomes of a Systematic Review and Meta-Analysis. Drugs Aging. 2019;36(Suppl 1):65-99.  

Gregori D, Giacovelli G, Minto C, et al. Association of Pharmacological Treatments With Long-term Pain Control in Patients With Knee Osteoarthritis: A Systematic Review and Meta-analysis. JAMA. 2018;320(24):2564-2579.

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