GERAL

Vacinação de adultos e idosos é insatisfatória, diz entidade de imunização

Presidente Isabella Ballalai alerta para a falta de informação: muitos adultos vacinados na infância não sabem que precisam reforçar a imunização

Publicado em 19/10/2017 às 08:25Atualizado em 16/12/2022 às 09:42
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Para a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a vacinação de adultos e idosos ainda é insatisfatória no Brasil. Por causa disso, diz a entidade, muitas doenças que estavam eliminadas do país, como o sarampo, a rubéola e a poliomielite, acabam retornando e trazendo preocupações.

Na avaliação da presidente da entidade, Isabella Ballalai, a vacinação de adultos e de idosos no país é “tão baixa" que os números nem são conhecidos. “Enquanto temos um controle bem importante da vacinação dos menores de um ano no Brasil, a gente não sabe – fora as campanhas de gripe e de gestantes contra a coqueluche – qual a cobertura do brasileiro. Estamos muito longe do que precisamos”.

Já a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, lembra que a vacinação de adolescentes, adultos e idosos ainda é recente no país e por esse motivo, os números ainda são baixos. Carla também alertou para os riscos da baixa imunização dessa faixa etária no país.

Entre as doenças que trazem mais preocupação pela falta de vacinação entre as pessoas dessas faixas etárias estão a rubéola, o sarampo, a pneumonia e o HPV. “Precisamos ter a população vacinada para que possamos eliminar e manter controladas muitas doenças”, disse Carla.

Para a representante da Sociedade Brasileira de Imunização, essa baixa vacinação de adultos e de idosos decorre principalmente da falta de informação. Isabella conta que muitos adultos acham que, se tomaram vacinas quando crianças, não precisam mais ser vacinados: “A maioria das vacinas que hoje a gente tem, que a criança toma hoje, nós adultos não tomamos. ‘Eu tomei todas as vacinas, minha mãe sempre me levou ao posto’ [dizem os adultos]. Mas ele tomou três ou quatro vacinas. Hoje são 15. Além disso, tem vacina que não protege para a vida toda. Então é preciso tomar reforços. E tem vacinas que são feitas para o adulto, para doença como herpes-zóster [erupções na pele causada pela reativação do vírus da catapora]”.

Rede pública. Para Isabella, além da falta de algumas vacinas na rede pública, o problema maior é que os adultos e idosos não procuram os postos de saúde. “Tão importante quanto conseguir incluir uma vacina [no calendário de vacinação] é conseguir que essas pessoas procurem a vacinação porque senão podemos ter o que está acontecendo com os adolescentes: a faixa etária do [público alvo] HPV está sendo estendida temporariamente porque a vacina vai vencer e a gente não teve adesão. Vacina na geladeira, sem a pessoa ir lá tomar a vacina, é dinheiro no lixo”, ressaltou.

Segundo Carla, o adulto ou idoso que deseja atualizar sua caderneta de vacinação, precisa apenas procurar um posto de saúde. “Toda vez em que o adulto for se dirigir a um posto de saúde ou a um médico, deve levar a caderneta de vacinação porque o médico poderá avaliar se há alguma vacina incompleta ou se não tomou alguma dose e vai poder atualizar essa caderneta de vacinação”, disse.

Fonte: Agência Brasil

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