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Fim do funk?

Aquilo a que deu-se o nome de Funk e que muitos tratam na forma de cultura e diversão...

Gustavo Hoffay
Publicado em 07/08/2017 às 07:46Atualizado em 16/12/2022 às 11:24
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Aquilo a que deu-se o nome de Funk e que muitos tratam na forma de cultura e diversão (sic), pessoalmente tenho como a uma oportunidade provisoriamente autorizada para a prática de crimes contra a saúde pública e a disseminação do uso de drogas; uma aberração contra a lei do silêncio e de outras que tratam da violação de direitos de terceiros, um duríssimo golpe contra todo e qualquer sadio conceito de cultura, um ultraje a costumes e hábitos, um mal a famílias que assistem a degradação moral dos seus filhos e que, incompreensivelmente, ainda abusa de uma proteção constitucional à liberdade de expressão, por meio de manifestação artística de caráter extremamente duvidoso.

Que cultura é essa que ofende, faz apologia à criminalidade e ao uso de drogas, perturba, interrompe o tráfego de pessoas e veículos, ameaça e inferniza a vida de muitos ao difundir um som em altíssimo volume e sem que os seus promotores, sequer, pouco se importem com o cumprimento de leis e o respeito em relação aos direitos de quem deseja estar em paz ? Já é grande e multiplicador o número de pessoas que ao pensarem somente em si, prejudicam e muito com os seus “pancadões”, “proibidões” e “tamborzões”, em último e estridente volume, a vida de centenas de famílias que almejam a felicidade, o sossego, a “lei da boa vizinhança” e que diariamente esforçam-se para viverem alegres, cheias de júbilo e produtivas.

Eu gostaria de ter um nível ao menos razoável de cultura e discernimento sobre essa questão para saber, com certeza, até que ponto estaria protegida pelas leis brasileiras a livre prática daquilo que usa de linguagem obscena e vulgar, letras obscuras e com duplo sentido para fazer a cabeça de quem deveria usa-la em benefício de uma cultura solidamente edificada sobre a moral e os bons costumes. Os tais “bailes funks”, que tiveram origem no Rio de Janeiro, que chegaram a São Paulo e já ameaçam o sossego de algumas outras cidades brasileiras , estão longe, mas muito longe mesmo de representarem uma livre expressão das atividades artísticas ou de comunicação intelectual.

Comodamente instalados em uma zona de conforto e aparentemente tranquilos enquanto sob uma proteção constitucional ( “ É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”.) , baderneiros do funk zoam e rolam em ruas, praças e becos! Por outro lado a própria Constituição Brasileira assegura a todos nós, cidadãos, o direito à saúde, à dignidade e ao respeito.

Ora, como compatibilizar essas diferenças? Parece que finalmente já avista-se uma luz no fim do túnel: o senador carioca Romário, está propondo a criminalização do Funk como crime de saúde pública às crianças, aos adolescentes e à família. Será a decretação do fim de uma agonia para muitos ou, simplesmente, mais uma lei a ser engavetada e esquecida nos anais do Congresso Nacional? Quem viver, verá!

Gustavo Hoffay

Agente Social

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