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Anastasie, a Mulher Ressurreição

Alexandrina Conduché, fundadora da Congregação das Irmãs Dominicanas de Nossa Senhora do Rosário de Monteils...

Ir. Virgínia Helena de Sousa
Publicado em 22/04/2018 às 20:44Atualizado em 16/12/2022 às 04:35
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Alexandrina Conduché, fundadora da Congregação das Irmãs Dominicanas de Nossa Senhora do Rosário de Monteils, recebeu o nome religioso de Anastasie. Ele diz por si só. Ressurreição. Sim, a Vida que vence toda espécie de morte.

Neste ano estamos comemorando 185 anos de seu nascimento e 140 anos de sua Páscoa. Mas o que uma mulher que viveu no século XIX, num povoado minúsculo ao Sul da França, de modo simples e rural, teria a dizer para nós, do terceiro milênio, altamente tecnológico e urbano? Principalmente, o que ela teria a dizer para nós, Mulheres-Irmãs do século XXI? Acredito que a própria Anastasie possa responder.

“Ame a Deus de fato. Ame-O na ação.” Porque é muito fácil amar a Deus na teoria ou de maneira sentimental. No entanto, faz-se necessário amar a Deus no dia a dia da vida. Com sua beleza, seus embates e desafios. Neste sentido, Anastasie estaria orgulhosa do empreendedorismo de suas Irmãs Dominicanas, que há 133 anos estão presentes na cidade de Uberaba. Mostrando nas ações educativas, de saúde e de assistência social, o seu grande amor a Deus e aos Irmãos.

“Voltem seus corações para Aquele de quem unicamente pode vir toda luz.” Num mundo com tanta violência, injustiça, corrupção e partidarismos, torna-se difícil enxergar claridade. Vagamos muitas vezes, perdidos e titubeantes frente às armadilhas e facilidades do sistema. Mas, se estamos conectadas com Aquele, do qual emana toda a luz, somos imunes a qualquer tipo de escuridão. A Palavra iluminadora de Deus tem alimentado a caminhada das Irmãs desde o início da Congregação. E, por sua vez, elas seguem clareando a inteligência da fé, sobretudo dos jovens, no ambiente educacional.

“Conduzam-se mutuamente para Deus”. Deem-se as mãos. “Sejam escadas, umas para as outras”. Que ninguém fique perdido ou esquecido no meio do caminho. Defendam os direitos, não tolerem as opressões. Sejam formadoras de opinião, alimentem seu espírito crítico. Façam a diferença, num mundo que idolatra o padronizado. Esta deve ser a energia que alimenta o carisma das “Filhas de Anastasie.”

“Viver de amor, de amor doação, aqui na terra.” Itinerantes de muitos modos, porque o “grão de trigo amontoado apodrece”. Nas Américas, na Europa, na Ásia,

nas ideias, nas concepções, onde for. Que a missão siga adiante, com vigor e profecia. Não importa o número das irmãs, nem a idade. O importante é a qualidade da presença junto ao povo de Deus.

“Coragem! E sempre muita confiança em Deus.” Esperança... Mesmo que pareça não haver muitos motivos para acreditar. É preciso “catar os gravetinhos” e com eles acender o fogo das utopias. O carisma que sustenta a Congregação não morre, ele se transforma de modo muito visível na dedicação, no compromisso e no carinho dos nossos colaboradores leigos, das fraternidades leigas, de tantos amigos e amigas que compõem a história das Irmãs Dominicanas.

Que este “Ano Anastasiano” redobre a nossa coragem e confiança na Vida, na Fraternidade, na Missão, em Deus. Na certeza de que Anastasie, nossa Mãe e Fundadora, está sempre conosco. Ela é a Mulher Ressurreição que nos ressuscita sempre.

(*) Ir. Virgínia Helena de Sousa

Dominicana de Nossa Senhora do Rosário de Monteils 

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