ARTICULISTAS

Crônica ao meio-dia: saudosa memória

Das memórias dos meus tempos de menino, tenho doces lembranças de minha mãe...

Julio Cesar Oliveira Bernardo
Publicado em 28/06/2017 às 20:34Atualizado em 16/12/2022 às 12:23
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Das memórias dos meus tempos de menino, tenho doces lembranças de minha mãe sintonizando no rádio um programa de um Senhor com límpida e irretocável voz. Acompanhadas com a música Verão em Veneza, sob a regência da orquestra de Mantovani, as crônicas ao meio-dia iam ao ar transbordando emoção, comovendo o coração e a imaginação de seus atentos ouvintes. Tempos depois fui conhecendo mais da figura de Ataliba Guaritá Neto, o imortal Netinho, uberabense mais que ilustre, autoridade na eloquência, na retórica e na elegante comunicação. Há poucos anos, sobre Netinho, fui coroado pela leitura de uma linda crônica de João Eurípedes Sabino, publicada aqui neste matutino em 16/09/2011, intitulada "A falta que ele faz...". Nesse texto memorável, o amigo João enfatiza a paixão que Netinho nutria por Uberaba, estendendo amor em tudo que fazia, inclusive em suas crônicas radiofônicas que tanto embargavam o coração de minha mãe e de tantas outras por aí... Em 27/06/2017 Ataliba Guaritá Neto completaria entre nós seus 93 anos. Não deixa de estar vivo. Aquele que tem como legado lavoura frondosa de nobres sentimentos sempre se torna imortal. Um Salve a Netinho!!! Cronista nato, jornalista iluminado, poesia viva que ainda ecoa na terra das sete colinas... Na memória do menino hoje um pouco mais crescido ainda ressoa a crônica ao meio-dia, a emoção sublime e a doçura de tão belas lembranças. 

(*) Professor e Cronista

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