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Diversidade

Enquanto dou minhas voltas ao redor da Praça Santa Teresinha, em caminhadas quase que diárias

Márcia Moreno Campos
Publicado em 14/12/2019 às 09:36Atualizado em 18/12/2022 às 02:49
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Enquanto dou minhas voltas ao redor da Praça Santa Teresinha, em caminhadas quase que diárias, vou saudando vizinhos e amigos e observando o ambiente. A banca de revistas com seu cheiro de livros e jornais que me seduz; a panificadora sempre cheia de gente tomando café ou comprando pão; o bar fechado pela manhã e começando a se movimentar no fim do dia; a academia ao ar livre; o parquinho onde crianças dividem com os pais suas proezas nos balanços, e a Igreja de Santa Teresinha, que quando está aberta é sempre um convite a entrar e orar. Já as pessoas são um caso à parte. Observo os donos de cachorros, que os levam a passear e que são, em sua maioria, conscientes ao recolher imediatamente o cocô depositado pelos animais na grama ou calçada. Mas há aqueles que ignoram o fato, como se o cão não lhes pertencesse. Anoto também a diversidade de comportamento dos funcionários da Prefeitura escalados para limpar a praça. Há os que estão sempre agarrados ao serviço e outros tantos ao celular. E são raras as pessoas que procuram as lixeiras para descartar seus lixos, grande parte joga no chão mesmo. Como são diferentes entre si os seres humanos! 

Muitas teorias afirmam que já nascemos ou bom ou mau, atribuindo à genética a índole que nos acompanha ao longo da vida. Mas há os que acreditam que ninguém nasce mau. Para Winnicott, pediatra e psicanalista inglês, “o bebê não é capaz de odiar a mãe se antes a mãe não odiá-lo”.

Segundo ele, ao nascermos somos um quadro em branco pronto para ser preenchido. Acredito que comportamentos podem ser mudados com educação, amor, exemplo e, por que não, punição. O mundo é plural, nele cabendo toda espécie de gente. Atitudes discriminatórias pela cor, raça, ou opção sexual são aberrações inconcebíveis. O que devemos é apontar o dedo para pessoas descompromissadas, egoístas, donas do mundo. Aos que não respeitam o próximo e o meio ambiente, punição severa. Que tal retribuir com cuidados o que a praça nos dá em espaço, sombra, árvores floridas e paz? 

Aproveito para desejar aos meus colegas de caminhada, meus leitores e amigos um feliz Natal, data em que se comemora o nascimento de Cristo, Filho de Deus, cuja mensagem é a de amor ao próximo, tolerância e perdão. Nos dizeres de Ana Jácom “Somos feitos para a felicidade. Para a troca. Para a paz. Para a bondade. Para facilitarmos a existência uns dos outros. Para a coragem e a alegria de simplesmente ser”.

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