Temo pela demora, mas deixei para expor meu descontentamento após as eleições, para não parecer propósito político.
Sei que o sistema BRT/Vetor foi criação do governo anterior, porém, cabe ao governo atual reconhecer essa insensatez, antes que Uberaba venha a nocaute.
Sabemos, por experiência recente, como brasileiros conscientes, que um governo que desfavorece empresas está causando sua própria falência.
É preciso encontrar o meio-termo, ou teremos dias muito difíceis pela frente.
As avenidas de Uberaba agonizam e sucumbem, frente a um sistema BRT/Vetor que satisfaz a poucos.
Não bastassem empresas fechadas pelo Brasil afora, num país saqueado por políticos ladrões, nossa cidade enfrenta crise dupla, pela existência de um BRT que a cidade não comporta.
Algumas vezes, em horários de pico, enfrentamos longos engarrafamentos; outras vezes, ficamos oscilando entre uma pista e outra, para sair de alguns veículos que param inadvertidamente na pista da direita.
O coração de Uberaba está devastado. Tristes avenidas... Pobres comerciantes... Quem não enxerga o óbvio?
Rotatórias que antes, alegres e imponentes, distribuíam seus veículos com altivez, hoje, seguem sentido único imposto pelo sistema.
Trânsito desorganizado, quase esdrúxulo, impossível de prever com antecedência onde fazer uma conversão.
Há uma frase escrita em pontos de ônibus que diz o seguinte: “O BRT satisfaz a grande maioria dos usuários”.
Não estará havendo um equívoco? Uma cidade cresce dando prioridade apenas aos que usufruem do transporte coletivo? Quantos de nós, que temos veículo próprio, iremos usufruir do BRT? E aqueles que utilizam o sistema, não ficariam satisfeitos se houvesse uma melhoria sistemática do transporte coletivo?
Nossa cidade está escancaradamente violenta, não é seguro aguardar o ônibus em pontos fechados. Em todos os sentidos, o sistema BRT em Uberaba é uma incógnita.
Enfim, o BRT está comprometendo toda a estrutura socioeconômica da cidade; sendo assim, deve agradar não somente aos seus usuários, mas à maioria dos uberabenses.
Quem sabe o plebiscito seria o caminho, para ficar documentada a preferência de todos?
(*) Médica pediatra