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Confusões em que se meteu o clone do Conde

Quando ocupei o cargo de vice-presidente da Superintendência Municipal dos Transportes Urbanos da Prefeitura do Rio de Janeiro...

Ivan De La Roque
Publicado em 10/04/2017 às 07:52Atualizado em 16/12/2022 às 14:04
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Quando ocupei o cargo de vice-presidente da Superintendência Municipal dos Transportes Urbanos da Prefeitura do Rio de Janeiro, na administração do prefeito Luiz Paulo Conde, minha semelhança física com o alcaide andou causando muitas confusões, que vou contar aqui, em pílulas.

Ocupando o cargo de Chefe de Gabinete da SMTU, Bill. Ele e eu – ele no volante, motorista muito atencioso e educado, a dirigir um Gol prateado, em cuja porta se liam os dizeres: “Prefeitura do Rio de Janeiro – SMTU” – presenciamos fatos engraçados. Nas pistas do Aterro, um motorista de táxi me perguntou sobre o problema dos taxistas sem a devida licença para trabalhar.

– Prefeito, prefeito, como e quando o senhor vai acabar com os piratas??? Amigão do Conde, não poderia passar uma imagem antipática do Prefeito...

– Calma, calma, acabei de entrar, mas isso vai acabar... tenha calma.

Em Ipanema, o sinal em frente ao bar Garota de Ipanema nos prendeu e Bill ficou parado junto ao meio-fio. Duas senhoras me viram e gritaram: Prefeito Conde, as mesinhas da Praça da Paz estão ficando decadentes!

E eu: – Calma, calma, o projeto Rio Cidade vai ter manutenção!!!

Outro dia, fui chamado para a inauguração do anexo do Colégio Corcovado, escola de alemães do Instituto Goëthe, ao lado do Palácio da Cidade. Era sede da residência do embaixador dos Estados Unidos da América do Norte, antes da existência de Brasília, a nova capital. O Palácio da Cidade era a residência do embaixador britânico e foi comprado na administração Marcos Tamoyo. Dois belos prédios, sendo que o Palácio da Cidade é mais imponente, neoclássico, com belíssimo jardim oval, na entrada... Quando Bill entrou na Escola Corcovado, o rapaz da guarita ligou logo para o diretor alemão. Conde havia se desculpado, não tinha tempo naquele dia. Ao chegar ao prédio principal, vi o alemão vermelhão descendo as escadarias. Quando chegou ao meu carro, exclamou, ofegante: – Prefeito, o palácio me disse que o senhor não poderia vir... eu deveria esperá-lo aqui nas escadas.

– Meu caro, não sou o prefeito, apenas um convidado da professora Mônika Hackstein e de sua filha Bárbara.

Vi que o diretor ficou decepcionado, mas o que fazer? Não poderia fazer papel de prefeito, pois seria logo desmascarado por Frau Hackstein.

(*) Ivan De La Roque

Engenheiro

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