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Recordações dominicanas

Oitocentos anos da Ordem Dominicana! Mais do que nunca, precisamos, em nosso mundo...

Liana Mendonça
Publicado em 22/05/2016 às 10:57Atualizado em 16/12/2022 às 18:47
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Oitocentos anos da Ordem Dominicana! Mais do que nunca, precisamos, em nosso mundo, do “Espírito de São Domingos”, que se caracteriza pelo ardor e pela coragem em proclamar e defender a verdade, a justiça e a fé.

A tocha ardente que a mãe de São Domingos viu em sonho, antes do seu nascimento, conduzida pelos caminhos do mundo na boca de um cão, simboliza o calor e a limpidez deste Espírito.

Assim, todos nós, membros da família dominicana, somos impulsionados a viver e a pregar o Evangelho, colocando-nos a serviço do desenvolvimento moral que se traduz em afirmações de verdade e de justiça. Também somos encarregados de divulgar a mensagem santíssima do Rosário.

Teria muito a escrever sobre a Ordem Dominicana, mas tantas lembranças e histórias não encontram, num artigo, linhas que as comportem.

Nasci no dia de Nossa Senhora do Rosário e a ela fui consagrada no Batismo e na Primeira Comunhão. Duas vezes! Em comovente oração do meu pai, impressa no verso das estampinhas de recordação, ele e mamãe a Ela rogavam que de mim fizesse mensageira da fé, da esperança e da caridade.

O pátio da minha infância e de todos os meninos da rua Segismundo Mendes foi o da igreja de São Domingos. Brincar de estátua, pique de esconder, de pegar, velocípede, bicicleta e patinete que nos faziam vibrar ao contornar uma bem fechada curva dos canteiros. As novenas em honra de N. Senhora do Rosário, o desfile das bonecas vivas, os filmes que Frei Alberto Chambert projetava na casa do Rosário.

Papai era Irmão do Santíssimo e professor na Escola Apostólica, mas o convívio com os frades era diário, inclusive nos almoços de domingo.

Mamãe, membro ativo da “Ordem Terceira”, subia e descia o morro a todo vapor para a missa todas as manhãs e, depois, para diversas atividades.

O legado dominicano me foi passado por ancestrais paternos e maternos. Vem de longe. E pertencer à Fraternidade Leiga Dominicana foi “arte” do Frei Martinho P. Burnier, que convocou a mim e mais duas amigas, colocando-nos no pescoço o escapulário e um nome no coração. O meu foi Cecília, afirmando que era para musicar a vida do Gibinha, meu marido.

O espírito de São Domingos emana uma luz na minha jornada pelos caminhos de Deus. Sincera homenagem de reconhecimento e de amor.

Gratidão! Saudade!

(*) Leiga dominicana, ex-aluna da Fista e do CNSD

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