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25 de maio, Dia do Trabalhador Rural: um manifesto

Sim, precisamos passar o país a limpo. Mas só apontar para os delatados e delatores...

José Luiz Tejon Megido
Publicado em 29/05/2016 às 12:49Atualizado em 16/12/2022 às 18:42
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Sim, precisamos passar o país a limpo. Mas só apontar para os delatados e delatores não basta para recolocar o Brasil no rumo da esperança e da criatividade salvadora.

Ney Bittencourt de Araújo era o presidente da Agroceres, a empresa que liderava a genética no cinturão tropical do planeta, no início dos anos 90. Esse empresário trouxe para o país o conceito do agronegócio oriundo lá da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Significa a governança das cadeias produtivas, os americanos fazem isso exemplarmente com as suas Comissions.

A orquestração de toda a cadeia produtiva, desde a semente até o consumidor final, e a educação de sua mente em relação às frutas, hortaliças, soja, algodão, carnes, arroz, etanol. Tudo. Ou seja, o agronegócio quer dizer comércio, serviço, indústria, e agropecuária. São os quatro pilares que precisam estar juntos para termos, de verdade, agronegócio.

Portanto, chega de só olharmos para a podridão brasiliense do setor público. Está na hora de cobrarmos a presença e a participação exposta e comprometida daqueles que tem o PIB privado em suas mãos, no agronegócio e além dele.

Neste sentido, além ou em paralelo aos senhores ministros, cobro para o agronegócio brasileiro uma reunião, um documento, um projeto e uma proposta pública dos senhores: João Martins da Silva Junior, presidente da Confederação Nacional da Agropecuária, o senhor Antônio Oliveira Santos, da Confederação Nacional do Comércio, o senhor Luigi Nese, da Confederação Nacional dos Serviços, e do senhor Robson Braga de Andrade, da Confederação Nacional da Indústria. Juntos, reunidos e integrados.

O momento brasileiro é grave e sério demais para que os líderes do PIB brasileiro, do setor privado, não apareçam para oferecer para a nação brasileira um projeto conjunto de governança e, no mínimo, ajudar e vigiar o lado público do governo brasileiro, seja ele qual for e venha de onde vier. Não nos interessam os partidos e sim suas competências.

Não se faz agronegócio sem indústria, sem comércio, sem serviços, sem agropecuária, e sem as políticas públicas. O agronegócio deve nascer dessa orquestração.

Quatro senhores, quatro megaconfederações, sem partidos, com um documento, um projeto e o país acima de tudo.

25 de mai Dia do Trabalhador Rural. Viva o trabalhador e as mulheres trabalhadoras do campo, legítimas heroínas da produção.

Precisamos do nascer de uma nova governança do país, pelas mãos daqueles que têm a responsabilidade e o dever de produzir, comércio, indústria, serviços e agropecuária, com as suas confederações nacionais e seus líderes. Que venham e apareçam para o jogo!

(*) Conselheiro fiscal do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS)

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