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Quem ama acolhe!

Se tu vens às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz! Como bem dizem...

Stella Taciana Ribeiro de Paiva
Publicado em 02/09/2017 às 18:14Atualizado em 16/12/2022 às 10:48
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“Se tu vens às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz!” Como bem dizem as palavras de Antoine de Saint-Exupéry em seu livro O Pequeno Príncipe, as crianças não desperdiçam tempo ou qualquer porção da felicidade que presumem, que almejam. Pois como um desejo, um sonho, esperam ser amadas, levadas pelas mãos e, finalmente, ser consideradas e chamadas de filhos e filhas.

Desesperador! No Brasil são milhares de crianças e adolescentes esquecidos nos abrigos. Crianças e adolescentes invisíveis, que aos olhos da sociedade passam despercebidas à mercê do abandono.

Assim sendo, é notável que a realidade dos abrigos seja perversa, pois para muitos o futuro de amor, carinho, zelo, afago e muito afeto passa longe de se concretizar. É um drama que vem permanecendo e que precisa ser mudado. Que precisa de atenção!

Nesses casos, esperar cansa, traumatiza. Traz tristeza e frustração.

Toda criança e adolescente merece ser feliz. É por isso que o Instituto da Adoção tenta amenizar essa invisibilidade.

A adoção é um ato de acolhimento, afeto e amor. Muito amor envolvido!

Não se adota por pena, adota-se porque há amor transbordando. Visando sempre a preservar o Princípio do Melhor Interesse da Criança e do Adolescente e às disposições do Estatuto da Criança e do Adolescente, legislação pertinente.

O Direito de Família trabalha para que a adoção seja olhada com os melhores olhos, com os olhos de quem quer dar e receber amor.

Em Uberaba, temos o GRAAU, Grupo de Apoio à Adoção em Uberaba, que visa a orientar e a acolher as pessoas interessadas em se tornarem futuros pais por meio da adoção ou padrinhos por meio do Apadrinhamento Afetivo.

O Apadrinhamento Afetivo consiste no vínculo entre as crianças e adolescentes e seus padrinhos socioafetivos. Trata de uma relação que transmite referências positivas afetivas, onde os padrinhos acompanham no desenvolvimento de seus afilhados abrigados.

Toda criança e adolescente merecem ser vistos, amados, adotados e apadrinhados. É injusto que eles vivam anos sem esperança e afeto, à espera de um amor que talvez nunca chegue.

Quem ama acolhe!

(*) Membro da Diretoria do IBDFAM Núcleo Uberaba, advogada

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