A vida toda nos separamos e nos distanciamos de determinadas pessoas em função de nossas diferenças. Diferenças de pensamentos, ideologias e posicionamentos.
Nos afastamos de pessoas, familiares e de amigos porque julgamos que as diferenças existentes são suficientemente consideráveis para sobrepor todo o empenho da amizade e do amor.
Talvez seja esse o motivo que justifique a morte.
A morte é a única capaz de unir pessoas e famílias que, por poucas horas, decidem pelo “cessar fogo” das diferenças para se ajuntarem em torno de uma semelhança comum: a morte.
A morte é a estação final dessa jornada chamada vida. Parada obrigatória, algumas vezes sem aviso, sem anúncio. Mas sempre certa.
É no funeral que a morte é capaz de unir pessoas em torno da fé. Nesse momento as diferenças são colocadas de lado e dão lugar à aceitação de uma oração, de um momento de fé.
Talvez o velório seja o meio mais eficaz de se deixar de lado as diferenças nos âmbitos da família, da religião e das opiniões. Mas por que esperar tanto? Por que esperar até a última estação da vida?
O tempo de valorizar as semelhanças é agora! Se olharmos para as diferenças, sempre nos afastaremos; mas, se valorizarmos as semelhanças, alcançaremos paz e harmonia.
Pb. Bruno de Bragante