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Coronel Alexandre Lucas, chefe da Defesa Civil nacional, esteve em Brumadinho neste domingo, no centro de operações do resgate às vítimas do desastre com a barragem do Córrego do Feijão. Ele avalia quais frentes precisam de recursos federais e que podem ser desmobilizadas.
“Importante é gerir bem os recursos. Toda essa permanência gera despesa. No início, é importante que os recursos venham para que todos os objetivos sejam atingidos. Na medida que forem concretizados, tem que ir desmobilizando recursos. Isso é gestão, é preciso ter cuidado com gestão do dinheiro público. Tínhamos cinco aeronaves do Ministério da Defesa, já diminuímos para duas, e vim avaliar se pode liberar mais uma. Além da gestão do desastre, não podemos nunca deixar de preocupar com a gestão do dinheiro público”, disse.
O coronel ainda afirmou que a gestão do desastre altera processos nas instituições e o custo de uma operação na proporção da fixada em Brumadinho não pode ser analisado somente sob o ponto de vista dos insumos gastos nela. O Ministério Público e os governos deverão contabilizar esses custos e acionar a Vale para serem ressarcidos.
Coronel Alexandre Lucas explicou que a retirada de uma aeronave não impacta na busca feita pelos bombeiros. “Se o comandante dos bombeiros falar que precisa trazer mais aeronaves, traremos. Em nenhum momento diminuiremos a capacidade operacional de resgate. O que veremos com o Corpo de Bombeiros é que as vezes a forma do trabalho já possibilita uso de veículos (terrestres). A desobstrução de estradas permite operações mais baratas, com a mesma eficiência”, relativizou. Por fim, o chefe da Defesa Civil disse que, neste momento, as buscas são por desaparecidos, o que “é diferente de uma operação de localização das pessoas que estão vivas ou perdidas, de salvamento no primeiro instante”. Número de mortos em Brumadinho chega a 165
Com a ajuda de 19 cães farejadores, trabalho de buscas por vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho chegou ao número de 165 mortos; outras 160 pessoas seguiam desaparecidas até o último boletim divulgado neste domingo.
Estão sendo usadas 35 máquinas e onze aeronaves nas buscas. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o efetivo de ontem somava 352 militares, sendo 150 de Minas Gerais, 129 de outros estados, 64 da Força Nacional e 9 voluntários.
Números da tragédia
•165 mortos confirmados – 156 identificados
•165 desaparecidos
•393 localizados •138 desabrigados
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*Com informações do G1 Minas e do Estado de Minas