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Eis aí a razão

João Eurípedes Sabino
Publicado em 28/04/2022 às 22:21Atualizado em 18/12/2022 às 23:07
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Posso ajudá-lo(a)? É a pergunta que espertalhões sempre fazem às pessoas incautas quando essas tentam fazer alguma operação em um terminal bancário. Os larápios são tão espertos que se apresentam de forma insuspeita, criam dificuldades ao cliente, propõem ajudá-lo e convencem a pessoa que acaba por aceitar ajuda. Agem com rapidez e, na maioria dos casos, atuam com algum comparsa que surge do nada.

Eles entram nas agências, infiltram-se entre os clientes, escolhem suas vítimas e sabem dar o bote de forma certeira. Essa aconteceu num sábado de manhã com um amigo meu: ele terminou de sacar dinheiro num terminal, quando, atrás de si, um homem bem-apessoado o adverte que a operação havia ficado em aberto, ou seja, era necessário o fechamento da tela (que já estava fechada!!!). Meu amigo foi induzido a apertar uma tecla, “senão o próximo cliente não poderia acessar o sistema”, segundo o malandro refinado. A tecla foi apertada e, ato contínuo, outro pilantra pergunta de longe ao meu amig “Ei! O senhor desocupou o terminal?”. Sim, respondeu a vítima mansamente. Meu amigo saiu da agência, sem imaginar o que lhe fizeram.

Na segunda-feira, meu inocente amigo é convidado a ir ao banco. Surpresa: os dois estelionatários acessaram sua conta e de lá transferiram seis mil reais a uma terceira pessoa.

Procedimentos preventivos foram efetuados, senha da conta trocada e o banco deverá reembolsar o cliente.

Se o meu amigo tivesse obedecido à sua intuição e observado a instrução que o banco nos passa para não aceitarmos ajuda de estranhos, esse episódio não teria ocorrido. O estrago só não foi maior porque os bandidos não quiseram fazê-lo.

“Qual é o recurso que temos para combater esses facínoras?” Perguntou meu amigo ao gerente que o atendia. A resposta foi simples e objetiva: informe às pessoas para não caírem nesse e noutros golpes.

Leitor(a), eis aí a razão deste texto.

 

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