Uma história de vida
Nunca transcrevi aqui uma carta, todavia, hoje faço.
...Estimada amiga Sandra Bulhões Cecílio.
É quase inenarrável a emoção que senti ao folhear e ler por três vezes “LEILA BULHÕES - Uma história de vida”. Tenho mantido sua obra a pequena distância para, aleatoriamente, rever fotos e legendas que o tempo registrou para sempre. Sem dúvida, o seu rico trabalho é um dos capítulos da história de Uberaba em que D. Leila Bulhões e Sr. Jacintho Bulhões foram protagonistas de papéis únicos, raros e nunca repetidos.
O glamour das Sete Colinas parece ter se concentrado no casal e dele irradiado a outros casais para ensiná-los a constituir suas proles sob a égide do amor cimentado pela afinidade. Poucas vezes vi expressões tão sensíveis e sinceras quanto às estampadas em seu livro. Da primeira à última página, estão registros que nos permitem concluir: D. Leila é legítima representante do bem.
Esta sensação, minha esposa, Zulmira, e eu sentimos quando a visitamos há uma década numa tarde inesquecível. Um “café”, junto às amigas, cujo “gosto” o tempo levou… Ela continua com a mesma candura.
Sensação do dever cumprido? Não posso avaliar que seja só esse sentimento que permeia o coração de sua querida genitora. Esse é um dos sentimentos dentre vários outros cultivados por ela ao longo da vida. Cada um dos seus descendentes pode mirá-la e dizer: “Meu berço é de madeira de lei, com caracteres indestrutíveis. Venho de D. Leila Bulhões”.
Algo que também ficou evidente nas páginas lidas por mim: o tratamento ao semelhante, que ela prioriza, colocando-se no lugar do outro. É virtude para poucos e D. Leila a tem de sobra.
Finalmente a parabenizo pela feliz iniciativa de escrever o belo e oportuno trabalho que imortaliza a “atriz principal” de uma peça em que todos os “atores coadjuvantes” também serão perenizados. O legado de D. Leila permitirá que todos os seus descendentes vivam essa grande conquista. Saúde, superação e sucesso é o que lhe desejo. À D. Leila Bulhões desejo o mesmo em dose redobrada.
Leitor(a), quem ama as letras necessita de um combustível especial, que é o estímulo.
João Eurípedes Sabino
