Caro amigo, Fernando(*)

Sabendo que um amigo, o Fernando, vive dias difíceis com doença insidiosa a vitimar sua genitora, enviei a ele uma mensagem virtual, cujo conteúdo transcrevo aqui. Senão vejamos a seguir.

As missões que abraçamos são intransferíveis, ou seja; ninguém está apto para desempenhá-las por nós. Portanto, a única coisa que nos resta é encarar a missão como um desafio pois, no esforço para cumpri-la, está a chance de crescermos diante de nós mesmos. E como crescemos!

A pessoa que precisa de nós, sempre espera receber energias positivas, porém na maioria das vezes elas não sabem que somos nutridos pela força que delas vem. Daí a conclusão de que não podemos decair o ânimo, caso contrário a pessoa que ajudamos sucumbe e, junto com ela, sucumbimos-também. Com esta reflexão quero lhe desejar muita força e energia nesse momento. Eu sei o que é, como filho, estar diante de uma situação na qual a Decisão Superior é esperada. Aos nossos olhos ela parece demorar ou até ser impossível, mas não é. Ela, a Decisão Superior, nunca falha e ocorre sempre no seu devido tempo.

Confie em Deus e na ciência, não desanime, veja o lado bom da vida e controle as emoções, porque nenhuma causa (nenhuma mesmo), está perdida. Compartilhe a experiência ora vivida só com pessoas que realmente somam. E recorde que outros filhos nesse momento amargam a mesma dor e também devem manter o equilíbrio.

Centenas e centenas de palavras (você sabe), que eu poderia lhe dizer longamente, estão representadas neste texto. Por isso encerro aqui para que a sua mente e o seu coração ampliem o significado da minha vontade que é a de vê-lo sempre forte, irradiando força, disposição e longe da tristeza. Busque a alegria para reger sua vida. Ela sempre está disponível e nós, nas experiências difíceis lhe invocamos tão poucas vezes.

Abraço fraterno deste seu amigo. Ouvinte, a resposta que recebi merece uma crônica.

As palavras que dediquei ao meu amigo Fernando reeditam as que muitos amigos me dedicaram e dedicam quando necessito.

(*)Fernando é nome fictício.