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Dias melhores virão

Infelizmente, estamos em plena fase do: Quanto pior melhor

João Eurípedes Sabino
Publicado em 19/03/2020 às 17:12Atualizado em 18/12/2022 às 05:00
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Infelizmente, estamos em plena fase d “Quanto pior melhor”, “Desgraça pouca é bobagem”, “No mato sem cachorro”, “Quem está perdido não caça caminho” ou, ainda, “Salve-se quem puder”. Todavia, não podemos pensar assim, pois o momento é de total solidariedade. 

Em tempo algum, segundo consta, vivenciamos situação semelhante à atual, em que a cada dia sentimos minguar o nosso espaço e o sublime “direito de ir e vir” estivesse tão ameaçado. É como se o globo que pisamos estivesse sob processo de diminuição, feito uma bolinha de naftalina solta sobre chapa quente.

Há os que dão de ombros para o coronavírus ou a COVID-19, mesmo estando sob o fogo cruzado de informações. Mentes vulneráveis propalam pensamentos alarmistas! Respeito as posições e, por cautela, me perfilo junto aos que agem como humanistas, ou seja, pensam em si e não se esquecem dos outros.

Estas palavras amanhã estarão velhas, diante da velocidade com que se propaga o coronavírus. Idem para medidas que deverão ser tomadas visando conter a sua mortal disseminação. É preferível ser ousado e decidir antes do que consertar o estrago depois. A história é implacável com quem prefere a segunda opção. Hoje fiz esta crônica, mas amanhã não sei se farei outra...

Na data de hoje, 20/03/2020, teríamos a posse de Ani de Sousa Arantes e Luiz Gonzaga de Oliveira na Academia de Letras do Triângulo Mineiro. O bom senso reinou entre os dois ingressando, a diretoria da instituição e os demais acadêmicos. Colocar o assunto em pauta foi de minha parte uma decisão difícil, já que, segundo orientações das autoridades sanitárias, a concentração de público é campo fértil para a rápida transmissão do vírus. Cancelamos a posse e não temos que consertar estragos.

Cidades paradas, ruas desertas, clima de sobressalto, sensação de que o inimigo invasor está presente, esse é o clima que, se não estamos vivendo no todo, caminhamos para vivê-lo. A incerteza invade o mundo.

A hora é de dar as mãos. Situação e oposição estão sujeitas às mesmas regras quando o bicho invisível a olho nu direciona sua arma e mira um ser vivente. Atira no que vê e acerta também o que não vê. 

As Forças Potenciais da Criação, de alcance infinito, me parece terem dado um brake. O coronavírus pode ser o arauto desse stop que a humanidade tanto  precisa. Vale refletir. Dias melhores virão!

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