Como assim? Prender os juízes, membros do Ministério Público, agentes da polícia
Como assim? Prender os juízes, membros do Ministério Público, agentes da polícia fardada ou não? Estou sonhando, ou isso não é no Brasil? Sim é no Brasil. Quanta e santa criatividade!
Dois auditores da Receita Federal, no estrito cumprimento do dever, foram afastados por investigar o CPF de dois ministros do STF, de seus familiares e as empresas desses? Não! Não é verdade! Sim é verdade! Essas aberrações sem respaldo constitucional ocorreram aqui (!?!). Depois dessas barbaridades, o que esperar dos guardiões togados da nossa lei maior? E, de quebra, como confiar na maioria dos nossos legisladores que aprova leis para ser cumpridas por todos nós?
Se o juiz antes de julgar alguém sempre deve consultar a sua consciência e contar até 10, agora terá que contar até 10.000, sob pena de ser preso por ter julgado. É como se não existissem os tribunais para reparar o erro ou retificar a sentença ou, ainda, atos do juiz equivocado. Para que servirão as Corregedorias, Conselho Nacional de Justiça ou do Ministério Público, criados para julgar quem julga, acusa e prende? Foram para o espaço?
Lei do abuso de autoridade é o nome da excrescência criada, com endereços e cabeças certas, menos as dos “Supremistas”, que se acham infalíveis como se fossem Deus.
Ao ver dois auditores da Receita Federal afastados e de vítimas transformados em vilões, dois ministros do STF e seus familiares proibidos de ser investigados pela RF, faço coro às vozes que ecoam Brasil afora: nasci num país de pessoas erradas que ocupam postos errados com poderes para destruir o que é certo. As pessoas são dois ministros do STF e os perseguidos, dois auditores da RF. Os prejudicados? O povo brasileiro. E quem bate palmas? Os fora da lei que têm padrinhos com “poderes extraterrenos”.
Agora só resta esperar que essa lei absurda e aprovada a toque de caixa seja integralmente vetada pelo presidente Jair Messias Bolsonaro. E possamos ver a impunidade fragilizada, não fortalecida, como querem os nossos legisladores e alguns outros tantos.
Prender quem prende? Não, não é possível!