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11 de agosto: Dia do Advogado

Ao celebrar mais um Dia do Advogado, sou tomado por certa nostalgia

Euseli dos Santos
Publicado em 10/08/2019 às 09:48Atualizado em 17/12/2022 às 23:19
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Ao celebrar mais um Dia do Advogado, sou tomado por certa nostalgia. Relembro os anos dedicados à faculdade, o empenho para conseguir a licença da OAB e alguns casos que defendi que se tornaram emblemáticos em minha trajetória. Por consequência, as recordações fazem suscitar um questionament qual o verdadeiro propósito do profissional de Direito? 

Indo além das dúvidas existenciais que rondam vez ou outra a nossa mente, talvez não exista melhor momento para nós, Advogados, questionarmos sobre nosso papel social, afinal estamos vivendo a pior crise ética da história recente do país. Isso inclui, evidentemente, o sistema judiciário, que – sejamos sinceros – não goza de boa reputação há um tempo. Este cenário me faz reviver com saudades as aulas de História do Direito, cujos ensinamentos remontavam os primeiros vislumbres da área. Quando o direito estava sendo constituído como um método, para normatizar e estabelecer limites às relações sociais, visando o bem-estar coletivo. É isso! Aí está a resposta! Nossa missão é ser o elo entre a sociedade e a Justiça.

Pois é, caros colegas de profissão, somos somente a “ponte” entre o cidadão e o sistema! Não estamos acima do bem e do mal. Tanto é verdade que precisamos sustentar nosso trabalho em dois grandes pilares: a Constituição Brasileira de 1988, seguida pelo Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Portanto, não sejamos soberbos! Os tempos são outros. Esqueçam a vaidade dos títulos e as nomenclaturas pomposas. Hoje, vivemos a era do diálogo e das conexões. Aproveitem para exercer seus propósitos laborais com profissionalismo, ética, lealdade, respeito às instituições. Com mais simpatia, empatia e humildade.

Nossa profissão é a verdadeira defensora da sociedade livre, das garantias sociais e de liberdade, dos valores democráticos, das instituições, das minorias, enfim, de um país soberano, preservado em suas diversidades e vocações múltiplas.

É nosso dever salvaguardar os direitos dos cidadãos e fazer valer as cláusulas do documento-mor da nação brasileira, como descrito no Estatuto (Lei nº 8906/94): “A defesa da Constituição da República; a defesa da ordem jurídica do Estado democrático de direito; a defesa dos direitos humanos, da justiça social; defender e lutar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas”.

O mundo precisa de mais justiça em todas as esferas sociais. Vamos em frente, porque há muito trabalho a ser feito! 

(*) Advogado militante em Uberaba

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