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Eleições Inteligentes

O Brasil é referência mundial naquilo que podemos chamar de imaturidade política

Paulo Leonardo Vilela Cardoso
Publicado em 02/05/2018 às 11:05Atualizado em 16/12/2022 às 04:05
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O Brasil é referência mundial naquilo que podemos chamar de imaturidade política, não restam dúvidas. Estamos hoje com vereadores, deputados, governadores e até um ex-presidente da República por trás das grades por conta de ter em seu meio pessoas que, nem de longe, souberam conduzir sua administração nas linhas férreas de um estado democrático de direito.

Nesta hora lembro-me das conversas que tinha com Tião Silva, pai do amigo-irmão Tulio Silva, com quem tive a honra de poder estar ao lado e confraternizar bate-papos sobre aquilo que vinha ocorrendo nos cenários municipal, estadual e federal. Dava ele um tópico interessante ao assunto e refletia bastante sobre a imaturidade dos nossos agentes políticos. Valia-se da lógica e da matemática para explicar, de uma forma sensata, o modo como as pessoas despreparadas e incapazes de exercer mandatos atrapalhavam aqueles que, ao contrário, tinham competência para tanto. Era Batata!

Logo viria o resultado das eleições para comprovar tudo aquilo que Tião Silva havia falado e, por aqui, voltávamos a verificar a pulverização dos votos dos nossos eleitores, bem como o sofrimento daqueles que, com muito esforço, conseguiam alcançar o sucesso para compor as bancadas, especialmente no cenário legislativo estadual e federal. A nossa representação ainda é pequena se compararmos com outras regiões do Estado.

Tião Silva exaltava, batia a mão na mesa, e dizia que precisávamos de “ELEIÇÕES INTELIGENTES”, de composições mais robustas, e não de aventureiros que, ao sonar de uma pequena popularidade, já se achavam competentes para ocupar cargos públicos. Esse era e ainda é o mal.

Enfim, as eleições estão chegando, a pulverização dos partidos se multiplica, e assistimos ao salto de dezenas de pré-candidatos para as eleições de 2018.

Piora a situação quando nos referimos àqueles que pretendem chegar à Presidência da República em situação nunca antes vivida, especialmente se lembrarmos do impeachment de Dilma, da prisão do ex-presidente Lula e do flagelo dos grandes partidos políticos.

Fácil concluir que as eleições de 7 de outubro se aproximam, e nem de longe verificamos a composição de uma bancada política partidária sólida, robusta, inteligente, e capaz de afastar as mazelas políticas que vivemos nos últimos anos nos cenários estadual e federal.

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