Como chegar ao equilíbrio?
Como não se desequilibrar nos momentos de tensão, de ansiedade, de angústia?
Autoconhecimento e autocontrole são condições obrigatórias a quem quiser agir com equilíbrio perante às circunstâncias imprevistas da existência, ou seja, levar inteligência ao cérebro emocional, ou ainda, interligar QI e QE, coeficiente de inteligência e coeficiente de emoção.
O autoconhecimento ou autoconsciência é o conhecimento das próprias emoções, e a percepção de como e quando estas emoções acontecem.
O autocontrole é a capacidade de lidar com as emoções de forma adequada e conveniente. O autocontrole ainda permite uma rápida superação às adversidades e aos acontecimentos desagradáveis que ocorrem rotineiramente.
A empatia, a facilidade para se relacionar e a automotivação também estão entre as principais características das pessoas emocionalmente inteligentes.
A automotivação é uma característica que possibilita ao indivíduo colocar as emoções direcionadas a um objetivo. Aqueles que conseguem motivar-se tornam-se mais produtivos e competentes.
A facilidade para se relacionar é a arte do relacionamento positivo, a ligação pessoal, o talento de estabelecer relações positivas e duradouras, capacidade de reconhecer e reagir adequadamente aos sentimentos e preocupações das pessoas.
A empatia é o reconhecimento das emoções nos outros, o que permite perceber o que querem ou necessitam.
Como chegar ao equilíbrio? Conhecendo-se, aprendendo a conhecer e a administrar as próprias emoções, o que pode significar uma mudança fundamental na realização de objetivos e na qualidade de vida.
Sócrates (470 a.c-399 a.c), filósofo grego, já dizia: “Conhece-te a ti mesmo,” frase célebre que traduz uma mensagem transformadora. Se o indivíduo se conhece, se controla, ele pode evitar explosões de paixão, cujos excessos reforçam aspectos ligados à inconsciência e à compulsividade.
As emoções são impulsos que agem poderosamente na condução da vida do sujeito, visto que influenciam o modo como se emprega todas as potencialidades de cada um, positivas e negativas. Explosões de alegria? Sim! Explosões de afeto? Sim! Explosões violentas e agressivas? Não! O pensar e o agir na realidade são movidos pela emoção e, se esta se dobra a um estado de espírito negativo, o pensamento e a ação ficam comprometidos, impedindo que o indivíduo consiga realizar tarefas ou projetos, com toda sua eficiência.
A pessoa que se conhece, que toma posse de seus sentimentos, também se apodera de sua própria vida, mas isto só acontece quando ela tem uma significante consciência de si mesma.
O conhecimento dos próprios sentimentos, além de aumentar a compreensão de si próprio, a autoconfiança, o autocontrole, propicia ainda a compreensão dos outros. E vale lembrar que o outro ajuda no conhecimento de si, pois a pessoa se vê no outro.
As emoções tanto cooperam ou atrapalham a capacidade de pensar, planejar e agir das pessoas, o que interfere na conquista de projetos e de resolução de problemas, como mensuram o poder do indivíduo de aplicar a capacidade mental para os êxitos e fracassos.
Interessa então, saber utilizar os sentimentos de prazer e entusiasmo nas ações e atitudes, visto que estes são ferramentas importantes da automotivação e da persistência. E, ilustrando a automotivação, cito uma fala que ouvi há pouco tempo, de um sujeito famoso que fez a seguinte declaraçã “Eu aprendi realmente a ler e a aproveitar os livros, um pouco tarde, aos 15 anos, quando só então entendi tudo o que a leitura e cada livro podia me proporcionar em conhecimento e diversão, e passei a gostar e querer ler e a executar a leitura não obrigatoriamente, mas com alegria e prazer.
Vamos amar a alegria, mesmo em tempo de pandemia!