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Trilogia das Carteiras

No último sábado eu tive o privilégio de assistir a um desfile cívico de Sete de Setembro

Fulvio Ferreira
Publicado em 10/09/2019 às 18:30Atualizado em 18/12/2022 às 00:10
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No último sábado eu tive o privilégio de assistir a um desfile cívico de Sete de Setembro. Aqueles que antigamente eram chamados de Parada de Sete de Setembro...

O desfile teve início pontualmente às 8 horas da manhã, com o hasteamento das Bandeiras ao som do Hino Nacional, impecavelmente executado pela Banda da Polícia Militar. Os militares desfilaram mostrando suas ordens e disciplinas. 

No passado, havia a ótica de que as Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica – e as Forças Auxiliares, isto é, as Polícias, estavam se exibindo e mostrando força e poder. Hoje, finalmente, entendemos que as Forças Públicas cuidam da proteção da população de bem.

O desfile também teve dedicados alunos das escolas públicas com seus abnegados professores; disciplinados atiradores do Tiro de Guerra;

dignos maçons e membros representantes das Entidades paramaçônicas; garbosos escoteiros Sempre Alerta; voluntários dos Clubes de Serviços que servem à comunidade sem interesse e várias secretarias municipais que se mostraram muito organizadas e apresentaram um pouco dos vários serviços que elas prestam à população.

Uma ala, porém, me chamou a atençã 

jovens atendidos por um programa municipal de uma Fundação de Ensino Técnico. Alguns destes alunos, num bloco, desfilaram orgulhosos com os uniformes das empresas onde trabalham. Outros seguravam uma imensa bandeira cuja estampa era a capa de uma Carteira de Trabalho e, por fim, outros, que na verdade abriram o desfile desta ala, empunhavam com altivez suas Carteiras de Trabalho.

O Brasil possui cerca de 12 milhões de desempregados. E todos nós conhecemos alguém que esteja procurando uma colocação. Em toda família tem alguém disponível para o Mercado de Trabalho. 

Esta Fundação que eu citei é muito séria e seus dirigentes e colaboradores são muito dedicados, preocupam-se com a formação técnica, moral e com a conduta dos jovens que estão lá. E mais, esforçam-se para encaminhar estes rapazes e moças para o primeiro emprego. Os jovens recebem capacitação e carinho, são ouvidos e aprendem a respeitar os mais velhos, a valorizar o estudo, os ensinamentos e a serem gratos pela oportunidade de trabalhar. Aprendem que o banco escolar traz lições para a vida toda, que Carteira de Estudante é apenas um passo para a conquista da Carteira de Trabalho e que esta, sim, traz dignidade, seriedade, hombridade e renda para que enfim a sua carteira esteja recheada de dinheiro que lhe dará chance de poder escolher e comprar aquilo que for do seu alcance, da sua vontade e da sua necessidade.

Este desfile me mostrou que muito mais do que pensamos tem, sim, pessoas do bem, tanto no Serviço Público quanto na Iniciativa Privada, preocupadas em fazer o melhor para o próximo, inclusive para as novas gerações, para que se tornem pessoas dignas e honradas; homens e mulheres de bem que sabem o valor do trabalho honesto e que o valorizam tanto quanto a família e o nosso país. 

(*) Empresário, palestrante e treinador de equipes

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