ARTICULISTAS

Melhores relações entre homens e mulheres

Karim Abud Mauad
Publicado em 15/03/2022 às 19:24Atualizado em 18/12/2022 às 23:45
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Março, mês dedicado internacionalmente às mulheres, com sua data máxima comemorada no dia 8, alusivo ao movimento das mulheres para redução da jornada de trabalho, em 1908, data efetivamente absorvida pela ONU em 1975. A data visa comemorar os avanços das mulheres na sociedade, na política e na economia. Se aprofundarmos, veremos que existem datas e situações diferentes na história e nas comemorações, inclusive a data tem tema e, em 2022, a ONU lançou o tema “Igualdade de gênero hoje para um amanhã sustentável”. Vivemos um tempo de incertezas com pandemia, guerra e, apesar do avanço, as mulheres continuam sendo vítimas de abuso pelo planeta afora. Enquanto Kamala Harris se tornou a primeira mulher, a primeira negra e a primeira asiática-americana vice-presidente dos EUA em 2021, o ressurgimento do Talebã, ainda em 2021, mudou a vida de mulheres afegãs, banindo a presença das meninas do Ensino Médio. Um contrassenso deplorável. A própria pandemia da Covid-19 alargou o fosso da disparidade global de gênero, segundo dados do Fórum Econômico Mundial. Outro estudo da ONU em 13 países demonstrou que quase uma em cada duas mulheres (45%) relatou ter sido vítima de violência, ela própria, ou uma mulher que ela conhecia. Um dado terrível, infelizmente, comprovado aqui pelo Comdicau, com crianças notadamente meninas. O caminho para mudar este status quo é longo, mas precisa ser enfrentado. A violência é física, verbal, emocional.

O lado bom desta história vem do avanço da liderança feminina não só de Kamala Harris; Estônia, Suécia, Samoa, Tunísia e Honduras empossaram as primeiras ministras e presidentes mulheres, assim como a Inglaterra, Alemanha e o Brasil já o tinham feito em passados recentes.

A nossa Uberaba, que recentemente comemorou 202 anos, teve também em 2021 sua primeira mulher prefeita, ao eleger e empossar Elisa Araújo.

A tendência no nosso caso se encaminha para entidades de classe, com a Aciu tendo sua primeira vice-presidente mulher em quase 100 anos de existência e o IEATM, nos seus 65 anos, tem sua primeira mulher presidente. Parabéns, Lídia Prata e Alê Roso, respectivamente.

Os avanços precisam ser comemorados com o cuidado da certeza que retrocessos ameaçam estas conquistas.

Para os homens, a data não oficial é 19 de novembro, e visa demonstrar o valor positivo do homem notadamente para famílias e comunidades em mais de 80 países e, em 2021, o tema foi “Melhores relações entre homens e mulheres”, o que evidencia o longo caminho da busca pelo equilíbrio e a igualdade de gêneros. Que seja mais rápida a mudança desta relação, que deve sempre privilegiar a vertente da harmonia entre Homens e Mulheres!

Nas pessoas das três uberabenses citadas neste artigo fica minha homenagem a todas.

Karim Abud Mauad

 

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