Março vai fechando o verão e as mortes pela Covid-19 só aumentam, infelizmente. Iniciamos uma nova etapa, com o quarto Ministro da Saúde em menos de um ano ou neste intervalo. Ando evitando problemas, fugindo de discussões desnecessárias e infrutíferas, mas a troca excessiva de ministros na pandemia evidencia claramente onde está o provável erro, principalmente por ser o terceiro um cumpridor de ordens declarado. A dificuldade deste combate passa obviamente por estados e municípios, também pelo Judiciário e, sem sombra de dúvidas, pela conscientização popular, e é aí que creio estar a falha do Governo Central, por não ter tido um acolhimento imediato para os danos gerados pelo vírus e não ter adotado as práticas recomendadas mundo afora desde o princípio, ou seja, em março de 2020. O assunto gera muito disse me disse nas redes sociais, mas o fato principal é que VIDAS estão se esvaindo a todo momento. Este deveria ser o ponto de união de todos, oxalá o novo integrante do posto na Saúde tenha mais êxito e, de fato, mais vacinas.
No Estado e na terrinha, o roxo não prosperou ainda, e aqui precisamos de um socorro de qualquer cor. A semana começou com uma entrevista da prefeita, explicando todo o processo; secretários das pastas afins juntos e esclarecendo o que pode ocorrer nestes próximos dias. Os números são alarmantes, com o aumento de 30% dos casos em uma semana. Creio que devíamos nos unir e traçar um plano conjunto entre Executivo, Legislativo, Sociedade Civil, Judiciário, além do comitê da crise. A pauta, com apenas três itens, quais sejam: o combate conjunto da pandemia, as necessárias medidas econômicas e financeiras para superar este momento e a comunicação uniforme destas informações. O conhecido Bueno Caixeta encaminhou o assunto via redes sociais. Alguns grupos políticos deste mesmo meio de comunicação vem tratando do assunto em lives domingueiras; também as entidades de classe, entre outros, no que se entendeu como um necessário Acolhimento Social. Algumas medidas sugeridas, visando a superação desta tormenta, estão postas. A tormenta é a mesma, mas cada um está passando por ela em condições diferentes e adversas, indo desde os que negam até os que estão em desespero total, cada um contando suas perdas. Seria bom tratarmos juntos de um problema que assola a comunidade no seu todo, pois não existe um único saber e uma única solução. Fica a dica a quem de direito. Soluções diferentes se fazem necessárias para o que estamos vivendo ou padecendo.
Neste mesmo diapasão, vimos algumas manifestações pela cidade que fogem ao racional por provocarem aglomerações desnecessárias; a hora é toda do coletivo. Conscientização é a marca necessária. Sejam para festas, compras excessivas por famílias, passando por atos cívicos políticos. O momento sempre inoportuno.
Vivendo um dia de cada vez, vamos rompendo e celebrando estarmos vivos. Espero seja assim para todos. Menos omissões, mais ações, menos soberba, mais humildade para nós todos.
Karim Abud Mauad - [email protected]
