Setembro chega deixando as angústias que sempre assombram agosto no passado. O Brasil tem sua história marcada por tragédias políticas ligadas a este mês. Muitas empresas e empresários não se sentem confortáveis em iniciar atividades neste período. É considerado o mês mais agourento do calendário; é, para diversas pessoas, o mês do desgosto. Expressão esta surgida em Portugal, na época dos descobrimentos. Uberaba, ao contrário, tem Nossa Senhora da Abadia, nossa padroeira, cuja comemoração ocorre em 15 de agosto. Isto nos ajuda, mas sempre temos um pé atrás com este mês.
No cenário nacional, agosto teve queda na média de óbitos da Covid-19 e Uberaba, apesar de todo o controle, perdeu mais vidas neste mês. No campo político, tivemos o afastamento do governador do Rio de Janeiro, o que infelizmente parece se tornar rotina e ser corriqueiro por lá. Uma pena. Nossa cidade maravilhosa, nossa outrora capital federal, merecia sorte melhor. O Rio de Janeiro parece não ser pródigo em nos fornecer bons gestores públicos.
Aqui na cidade foi dada a largada na produção de cerveja, o marco diferente nestes tempos difíceis. Que sejam profícuos os empregos que vierem a ser gerados, pois em tempos tão escassos, eles farão fartura. Aliás, a tarefa deste e do próximo mandatário será a equalização orçamentária, adequação de passivos e geração de empregos, muito em função do empresário local da micro e pequena empresa. Economia criativa deverá fazer parte do cardápio deste gestor. Sou daqueles que acreditam ainda na necessidade de termos Gás, principalmente após a nova legislação em aprovação e votação no Congresso Nacional. Neste sentido, espero que a eleição municipal, após o período das convenções partidárias, que se iniciou no último 31/08 e se encerra em 16/09/2020, acrescidos dos prazos de fechamento das atas até 26/09, nos permitam uma campanha de discussão de ideias e não de pessoas. Posto os pingos nos “is”, que os candidatos majoritários apresentem propostas para o futuro de Uberaba. Somos a terra dos dinossauros, mas nada nos impede de sonhar com um novo amanhã. Devemos usar os dinossauros para estudos e turismo, para o nosso desenvolvimento social e cultural, mas sem perdermos de vista a necessidade de novos caminhos e inovações tecnológicas. Não precisamos ser extintos, precisamos avançar para o século XXI, ainda tão distante de nós.
Este 2020 tem nos trazido diversos ensinamentos. Tem nos permitido entender um pouco mais o ser humano. Temos exemplos edificantes de solidariedade, contrastando com atos bárbaros e repugnantes do homem. No meio disto, encontrar a rota certa para tempos modernos, se faz primordial. Precisamos pensar fora da caixa. Nosso dever cidadão nos ensina que o voto é poderoso e eficaz neste sentido. Aproveite o isolamento da pandemia e conheça quem pretende ser nosso próximo mandatário em Uberaba. Não delegue esta responsabilidade. Para este tipo de vírus, só temos remédio de 4 em 4 anos. Uberaba clama por este ato cidadão e por respirar novos ares e sonhar diferentes horizontes.
Encerro feliz, pelo meu Timão, na data dos seus 110 anos, completados em 1º/09, ter conseguido batizar sua Arena. Mais do que valor é o sinal que a economia começa a se movimentar. Vamos fazer a nossa parte neste processo.
Karim Abud Mauad
