Nestes dias de confinamento estamos todos tendo nossas vidas reescritas de uma forma ou de outra. Um exemplo, são praticamente 100 (cem) dias sem aulas presenciais em qualquer nível, deixando os estudantes todos sem um norte definido. Mesmo para os universitários do EAD, esta situação permanente cria embaraços e expectativas. Os alunos do presencial então estão em situação mais crítica, principalmente se considerarmos os não universitários de escola pública. Vencida a etapa de adiarmos o Enem, o Estado de São Paulo pensa em criar o quarto (4º) ano do médio, de forma não obrigatória. Este fato por si só nos faz considerar 2020 perdido no quesito Educação. A saída do Ministro Weintraub seria um alento, mas tudo leva a crer que Educação, assim como está a Saúde, será colocada na interinidade ou destinada à logística militar. Esperamos que isto não se concretize, já que Educação de qualidade é o melhor programa social, seja de estado ou de governo. A Economia agradece.
Nas outras atividades do cotidiano a situação se repete, todos tiveram suas rotinas alteradas. Quem está confinado, quem não pode estar confinado, ou seja, a vida pessoal, familiar, profissional de cada um de nós foi atingida pelo vírus. Que venha rápido o antídoto.
Ainda enfrentamos a dificuldade com o próprio controle da pandemia do coronavírus, pois no momento em que acreditávamos na mínima normalidade com a volta gradativa das atividades empresariais, sociais, além, claro, da continuidade das áreas essenciais, o aumento substancial no número de mortos pela Covid 19 aqui e na vizinhança, notadamente Araxá e Uberlândia, está nos obrigando a dar um passo atrás. Aguardamos mais dados e informações seguras, via testagem, para podermos avançar com segurança sanitária, transparência e retomada de postos de trabalho e geração de renda tão necessárias para empresários e colaboradores. Necessários a todos, indistintamente.
Neste quesito precisamos de um amplo projeto de retomada da economia local e regional, com isenções fiscais e propostas de apoio aos atores envolvidos para a alavancagem dos negócios, afinal, estamos em estado de calamidade pública. O binômio Saúde e Economia se completa e anda junto, esperamos todos unidos em propósitos claros de cidadania, em prol do uberabense. Com a palavra autoridades e entidades. Rever tributos municipais, retirar juros e multas, eliminar penduricalhos dentro da legislação, evitar multas para empresários, levando orientação em primeiro lugar, é um passo urgente já em descompasso de tempo. Aquecer as turbinas visando à retomada, um trabalho conjunto para o poder público, a iniciativa privada via representantes classistas e também das universidades, através de projetos e ações importantes para o fomento econômico. De novo, latente a importância do binômio Educação e Inovação tecnológica. Tarefa para ontem, resultado 2021.
Consegui chegar ao final deste artigo sem mencionar Pergolado, Bancos da Praça, Plano Diretor e Plano para área central, ZPE, pois creio que não precisa mais demonstrar o momento inoportuno para os temas. Hora de salvar o que dá e esperar os novos ares de 2021. Sem polêmicas, observações apenas.
O Estado e o Governo Federal continuam cada um a seu modo atuando menos que o necessário, diminuindo nossa representatividade e menosprezando nosso potencial. Culpa deles ou nossa? Aqui também meras observações, para reflexões. Finalizo esperando um reinício urgente de ano. Salve 2021, já que para 2020 restarão de útil e importante as eleições, tão vitais para o nosso futuro. Que as decisões sobre a data do pleito saiam logo, para que possamos conhecer e escolher quem irá retomar o processo quando tudo passar. Ah, seria bom a vacina da Covid-19 ainda em 2020!
Karim Abud Mauad
