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"Coronatudo"

Karim Abud Mauad
Publicado em 02/04/2020 às 07:59Atualizado em 18/12/2022 às 05:22
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No último artigo, O dia em que a Terra parou, fizemos uma análise desta pandemia com o olhar do que tínhamos de informação até aquele momento no campo da saúde e da economia. Nestes últimos dias, com o agravamento do quadro dos casos confirmados e aumento dos óbitos na saúde, mundo afora; com as consequências na economia já sabidas e ainda não quantificadas, com este estado de isolamento total, surgiram para todo lado, em qualquer meio e lugar, um novo tipo de vírus “o corona desumano”.

Creio que a overdose de informações disseminadas em jornais, televisões, mídias sociais, estão causando estragos ao ser humano. As pessoas estão submetidas a uma carga letal de covid-19, não só pelos males que o vírus pode fazer, mas pelos “especialistas” em todas as áreas do saber disseminando informações e principalmente desinformações em toda sua plenitude. Em pânico, somos forçados a separar / opinar sobre querer o isolamento vital para a saúde, e retomar as atividades para minimizar os problemas econômicos que estarão postos no futuro. Não temos motivo para isto agora. Para um momento sem precedentes na história como este, soluções criativas e inovadoras deverão surgir para o pós-quarentena. Portanto, separar ou alimentar estas duas necessidades agora, é apostar na máxima, do quanto pior melhor. É TRÁGICO, pois mata. É TRÁGICO, pois elimina emprego e renda, ao paralisar a produção. Mas a hora agora é de salvar vidas, independente de idade e grupos de riscos e com Inteligência, Planejamento e Gestão preparar o mundo, e principalmente o país, para a retomada futura e necessária. Não precisamos do jogo de cena. Não agrega nada para ninguém, estes espetáculos públicos protagonizados pelos eleitos, notadamente em estados e na esfera federal. Ainda bem que me preparei para não ouvir e ler tantas bobagens. Não “ovo” bem, nunca gostei das histórias do Riquinho, do personagem em quadrinhos, e sempre achei o Capitão... América entediante. Gosto das belezas naturais do Rio, mas não aprecio sua dificuldade, enquanto sociedade, para escolher mandatários (alias isto não é privilegio deles!). Assim entre razão e emoção vamos tentando sobreviver. O momento é de fé, mas não de ir em Templos Religiosos.

Aproveitei o isolamento e tive um tempo maior, sem culpa, para curtir minha família. Renovei o sentimento de amor e paixão que tenho por minha mulher e pude apreciar os ensinamentos musicais e de filmes que minha filha assiste e nos ofertou para as noites em família. Está uma delícia. Fiquei mais velho neste tempo e foi muito diferente o formato das mensagens, algumas apesar da distância foram mais intensas. Afinal, sempre é tempo para recomeçar, se permitir redescobrir o prazer em situações antes camufladas pela correria do dia a dia. Não me alienei, mas busco o ensinamento que estes dias estão nos proporcionando. Livrem-se do lixo tóxico e busquem leituras, conversas virtuais, filmes, cursos que agreguem para o SER HUMANO que você é. Deixa fora do seu convívio toda esta “baboseira”, que continua existindo na retórica do nós e eles. Seja da turma do todos nós, inclusive eles. Tem coisa boa acontecendo neste período. Se proteja e sugiro uma visualização na conta Instagran do palestrante, escritor e psicólogo Rossandro Klinjey, a adaptação do poema “e agora José”?, de Carlos Dumont de Andrade. Vale a pena!

A vida é curta e bela. Aproveite esta parada forçada e busque sua essência. Deixa o caos pregado pelos Desumanos para os reptilianos... mas aí é assunto para outro artigo.

Karim Abud Mauad - [email protected]

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