ARTICULISTAS

O dia em que a Terra parou

A música de Raul Seixas nunca esteve tão presente em nossas vidas

Karim Abud Mauad
Publicado em 17/03/2020 às 17:23Atualizado em 18/12/2022 às 04:59
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A música de Raul Seixas nunca esteve tão presente em nossas vidas. O hit “O dia em que a Terra parou” está no auge no planeta Terra. Estamos vivendo estes dias de março/2020 em verdadeiro pânico. A Saúde do planeta está em xeque. Informações de toda natureza circulam com verdades e mentiras, deixando a população estarrecida. A falta de solidariedade humana, mais uma vez, está presente. E, para piorar, a rapidez dessas informações, falsas ou verdadeiras, geram medo e reações desencontradas de todos. Confesso estar perplexo e cético com este momento. Confesso, também, que aceito a tese da teoria da conspiração que o vírus é “fabricado” e que, ao final disso tudo, além dos problemas humanitários decorrentes, teremos um retrocesso/atraso em todos os indicadores mundiais, de qualquer área ou aspecto. Ainda neste artigo exemplifico essa tese.

Não sou da área da saúde, mas entendo que a velocidade da transmissão do vírus, aliado à falta de equipamentos e leitos, com restrição de pessoal a ser empregado, já se falando inclusive em requisitar aposentados; é motivo para toda a sorte de medidas restritivas de contato, evitando-se contágio. Ainda assim espero que outras situações também danosas não sejam ignoradas, como o combate à dengue, até outro dia foco de toda a atenção. Sei da excepcionalidade, sei da gravidade instalada, mas espero que os comitês gestores da crise saibam lidar com todas as situações postas até agora.

Este artigo foge um pouco do jargão politicamente correto, regra necessária para não ser considerado isto ou aquilo, afinal sou apenas um articulista tentando enxergar um pouco o antes, este durante e o depois do coronavírus, o SARS COVID-19. Em 17/03/2020, infelizmente, tivemos o(s) primeiro(s) óbito(s). O momento, agora, é única e exclusivamente de debelar o surto e preservar vidas. Esta perda não tem retorno. Também tivemos morte pelo já conhecido vírus da gripe Influenza.

Por isso, creio que podemos e devemos fazer algumas ponderações, em outros setores. As autoridades estão tomando medidas no âmbito federal, estadual e municipal. Eventos e reuniões suspensas. Medidas necessárias.

Creio que o antes foi subestimado, o durante está sendo enfrentado, mesmo com atitudes contraditórias do principal elemento neste processo.

Agora, o depois será imprevisível, a Economia Globalizada sofrerá perdas que impactarão demais as pessoas. O próprio pacote de injeção de recursos liberados pelo Governo Federal não tem medidas para atender os  brasileiros que estão na economia informal, nos “bicos” eventuais e que precisam também ser acolhidos. Meu senso humanitário me deixa perplexo com o futuro. Falta liderança neste processo. Planejamento é fundamental. Hoje atacamos as consequências; amanhã teremos que agir nas causas para evitar novas e maiores consequências. O mundo sucumbiu ao vírus, chamado de vírus chinês por Trump. Os chineses, por sua vez, dizem que o vírus foi levado para a China por militares americanos. Por isso me referi antes à chamada teoria da conspiração (matéria esta publicada pela Folha de SP, fonte AFP direto de Washington e Pequim). Mas, sem polêmicas, fica para reflexão de cada um. Este não é o ponto principal hoje.

O que precisamos agora? Cuidar da nossa população, conter a pandemia e ter um grupo técnico pensando para além dos próximos 120 (cento e vinte) dias.

Uma eleição sem fundos partidários, destinando os recursos para a saúde, uma desoneração efetiva do trabalho, uma ação conjunta dos governos interna e externamente, para colocar o mundo nos trilhos, já seria bem-vindo. Que se habilitem os líderes... Ainda os temos? 

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