ARTICULISTAS

Intolerâncias e Incoerências

Anda circulando nas redes sociais uma série de notícias, as mais díspares e absurdas possíveis

Karim Abud Mauad
Publicado em 18/02/2020 às 19:55Atualizado em 18/12/2022 às 04:23
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Anda circulando nas redes sociais uma série de notícias, as mais díspares e absurdas possíveis. A brincadeira sem graça de crianças nas escolas; a moda do “cancelamento” de pessoas que desagradam a outras; as várias interpretações para o ato recente do Papa Francisco; as diversas hipóteses para a morte do ex-capitão do Bope, hoje conhecido como miliciano Adriano da Nóbrega, com discussões políticas que passaram até pela conservação do corpo. Temos, também, a CPI das “Fake  News” e a fala da testemunha sobre a repórter; no futebol, o mascote do Galo Mineiro na apresentação do time de futebol feminino do Clube e o jogo paralisado por grito homofóbico de torcida que sofria ou sofre com esse estigma em SP; a suspeita sobre a presença da ABIN nas Universidades e poderíamos ficar aqui narrando fatos e versões, os mais  diversos possíveis, por longo tempo. Não vou entrar no mérito dessas questões, creio que todo ser sensato tem estrutura para separar o joio do trigo. Os insensatos continuarão nas redes, distribuindo ódio, inverdades, meias verdades, enfim, destilando seu veneno contra os demais. A rede social tornou-se um lugar de ninguém para muitos destinarem para outrem suas frustrações e fraquezas pessoais. Anda faltando espelho. Falta a percepção da imagem refletida ao se olhar para o espelho, a própria. Atira-se a primeira pedra, sem pestanejar; esquece-se do efeito bumerangue. Tudo que vai volta. 

Agora é real que o ministro da Economia, Paulo Guedes, anda escorregando nas próprias palavras, isto sim, é um fato incontestável. O termo parasita usado para se referir aos funcionários públicos, de forma genérica, foi leviano, mas usar as Empregadas Domésticas para justificar o câmbio e a necessidade do brasileiro conhecer o próprio país soou arrogante demais. Ficando na Disney, por ele citada, foi Patético, ou o fez parecer o personagem Pateta, no quesito trapalhada. Estou amenizando, mas ele foi o ALVIM de alma capitalista. Foi uma verdadeira “Chicagada”.

Aliás, esta parece ser a tática do Poder Central, ditar a pauta dentro dos seus próprios interesses, mas, se isso for fato, é perigoso, pois a recuperação da economia, já reconhecida neste espaço, ainda é frágil e pode colocar tudo a perder se os poderes constituídos não se harmonizarem e se alinharem com os anseios da população. Na política, temos reformas tributárias e administrativas para serem aprovadas; necessidade de concessões e privatizações; prioridade na recomposição com os 20 (vinte) governadores da Carta ao Presidente; vítimas de uma bravata com a tributação dos combustíveis, temperados por greves de petroleiros e caminhoneiros; necessidade de apoio aos municípios assolados pelas chuvas intensas em curto espaço de tempo; retomada do emprego para melhoria da renda. Preocupar-se com o coronavírus, sem esquecer a volta do sarampo, da epidemia de dengue, dos vírus da gripe – estes, verdadeiros problemas da vida real. Já estamos em 2020, precisamos descer do palanque federal e trabalharmos como País. Temos o primeiro semestre para isso, já que no segundo teremos eleições municipais. O carnaval chegou e março está pedindo passagem.

Precisamos trabalhar pela unificação do Brasil, sem terrorismo de qualquer natureza, nem contra o Supremo e muito menos contra o povo. Em terra de Macunaíma, vale fazer boas reflexões. E, claro, bom carnaval para todos. 

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